Johnny Thunders, do New York Dolls e Heartbreakers, terá a vida contada em documentário; assista trecho
Integrante do New York Dolls e Heartbreakers, Johnny Thunders era punk desde o primeiro dia e uma lenda injustamente esquecida. Agora, um novo documentário, Looking for Johnny, dirigido por Danny Garcia (de The Rise & Fall of the Clash), tenta contar a historia do músico, do início da carreira até a morte trafica em 1991. Assista ao clipe lançado com exclusividade pela Rolling Stone EUA abaixo.
Uma seleção das mais polêmicas, absurdas e ultrajantes autobiografias do rock.
A fotógrafa Marcia Resnick relembra do ambiente no qual o punk nasceu, em Nova York. “Existia drogas em todas as esquinas”, conta ela. “O nível de inquietação na cidade era tremendo.” A partir de então, o clipe foca na influência da banda New York Dolls e do CBGB, conhecido como o local de nascimento do que ficou conhecido como cena punk.
“Toda a cena era concentrada no Max’s Kansas City e no CBGBs”, relembra Phyllis Stein, antiga namorada do baterista Jerry Nolan, que também passou pelo Dolls e pelo Heartbreakers. “Algumas eram bandas do Max. Outras eram bandas do CBGB . E, em algumas ocasiões, havia uma troca. O Heartbreakers era uma banda do Max, definitivamente. E parte da razão disso é porque Max pagava a eles muito mais do que Hilly [Kristal, dono do CBGB].”
Vinte “Rockumentários”: documentários sobre rock.
“Todo o lance do punk realmente começou com o Dolls”, disse Walter Lure, guitarrista do Heartbreakers. “Television and Ramones, eles meio que eram crias do Dolls.”
O filme ainda traz entrevistas com Lenny Kaye, Sylvain Sylvain and Malcolm McLaren – alguns daqueles que viveram a década de 1970 em Nova York e ainda estão vivos, além de cenas e fotografias inéditas do Dolls e Heartbreakers
Assista ao clipe de Looking for Johnny:
Fonte:Rolling Stone Brasil
Veja trecho exclusivo de Muita Calma Nessa Hora 2
Já chegou aos cinemas Muita Calma Nessa Hora 2, filme que dá sequência à trama que chegou aos cinemas em 2010. Em clipe disponibilizado com exclusividade pela Rolling Stone Brasil, Augusto Henrique, personagem de Marcelo Adnet, enumera as atrações do fictício Festival Som do Rio, espécie de paródia do Rock in Rio.
Entre atrações do mundo real como Marcelo D2, Chiclete com Banana e Jota Quest, o personagem paulistano comenta também artistas “de mentirinha” – a banda Los Cunhados, uma espécie de Los Hermanos, e o sertanejo Renan, interpretado por Bruno Mazzeo.
Além dos já citados, Muita Calma Nessa Hora 2 tem no elenco nomes como Andréia Horta, Gianne Albertoni, Fernanda Souza, Heloísa Périssé, Daniel Filho e Maria Clara Gueiros. A direção é de Felipe Joffily.
Veja o teaser:
Fonte:Rolling Stone Brasil
Coletivo Matrero lança EP Trecho – ouça e confira faixa a faixa
A Matrero, misto de coletivo e não-selo, começou a chamar atenção em 2012 com o álbum do Síntese, então duo de São José dos Campos (cidade onde o selo também é sediado). O duplo Sem Cortesia foi considerado pela Soma o terceiro melhor disco do ano, e frequentou outras listas importantes especializadas em rap. Para começar 2013 a turma lançou um EP/ coletânea, com tracks de artistas associados ao coletivo, incluindo Moita, Marginal, Distúrbio Verbal e, claro, Síntese.
Com o mesmo senso de baixa fidelidade e urgência que marcou o trabalho do Síntese, a coleta Trecho marca um possível “som do Vale do Paraíba” – bases secas, rimas rápidas e cheias de sotaque local, samples curtos de MPB, reggae e Tom Waits, referências sociais e religiosas, ligadas por um senso único de espiritualidade.
Baixe aqui o EP Trecho, da Matrero Records
Para mapear um pouco dessa nova cena, entramos em contato com a Matrero e preparamos com eles um faixa-a-faixa do disco, leia abaixo.
Quem é a Matrero? Como ela começou? Há quanto tempo está na atividade? Quem são os artistas representados por ela?
Na verdade, a Matrero é um projeto de vida nosso. Tudo começou em 2007, no quarto do Moita, que sempre reuniu muitos amigos, e alguns tinham em comum a fita do rap, que hoje une mais a gente. Mas a Matrero em si é uma cúpula (subversiva) da gente que pensa parecido e convive com o mesmo tratamento com a vida em relação à existência. O intuito principal é viver a vida juntos, estar juntos, independente de qualquer coisa. Não tem nada a ver com rap, é o que menos fazemos. Não é uma gravadora, não é um selo. A Matrero é muito mais do que a música, do que o rap, do que os grupos. Vários irmãos da nossa família não estão ligados a esse meio de atuação musical. É um projeto de vida.
Além do EP, a Matrero pretende lançar algum trabalho de outro artista em breve?
Tem muita coisa pronta, muita coisa sendo feita, muita coisa perdida e muita coisa guardada. Não nos preocupamos muito em lançar devidamente (artisticamente) as músicas, preocupamos mais em fazer, na maioria das vezes. O nosso tratamento com a música é totalmente baseado nas nossas vidas pessoais.
Mas o próximo movimento que estamos pensando a título de massificação é soltar uma mixtape do Moita e nosso irmão GiRap também está trabalhando em um novo álbum.
Trecho faixa a faixa
01 – Moita – “Controle da Realidade”
O Moita (22 anos) é o maior idealizador da Matrero, ensinou e ensina muito à gente. Essa faixa abriu o EP pelo teor informativo, que disserta a realidade que todos nós estamos submetidos, uma laje de pensamento que devemos frequentar. Abordando a questão da intervenção imposta no nosso livre arbítrio contra uma ordem natural, por estarmos submetidos ao espaço e ao tempo, e gastarmos o tempo para percorrer os espaços. Essa música é de 2011, produção de Neto (do Síntese).
02 – Mentes Construtivas – “Abre o Olho”
O Mentes Construtivas hoje é composto por Rbo (27), Nego Max (23) e Star Choc (20) e existe desde 2009. Essa música foi composta por Nego Max em 2010 numa fase de despertar de algumas consciências e as primeiras super associações sobre a mesma realidade a que estamos submetidos. Essa letra se encaixou muito no contexto do EP, mas só foi inclusa após termos encontrado no arquivo do Moita (que fez a base) um instrumental que proporcionava a atmosfera que procurávamos pra música. Atualmente o Max está morando em São José, na goma do Moitão, e devido ao momento em que a música foi concebida, essa foi a única faixa que foi registrada lá mesmo.
03 – Surpresa – “Débito ao Espaço”
Essa é uma música do ano passado do Surpresa (19), um irmão nosso da zona norte (de São José dos Campos) que começou a se dedicar ao rap em 2010 por incentivo do Willian. E essa é a primeira música que ele registrou. Nessa oratória ele questiona o comportamento do ser humano frente à lei de causa e efeito que se estabeleceu pós corrompimento, expondo a parcela de responsabilidade de cada ser no mesmo lote de tempo e espaço pela atual condição de existência.
04 – Marginal – “Parque Interlagos”
O Marginal (21) é um dos irmãos que começaram a ideia da Matrero com o Moita em 2007. Ele sempre escreveu desde antes de fazer rap. Ficou muito tempo sem registrar nada, serviu o exército, passou muitas tribulações e no ano passado voltou a poder dar uma atenção pro rap.
Esse som tem uma estética rústica em sua construção, influenciado muito por grupos de gerações passadas do rap nacional – a base foi produzida pelo próprio Marginal. Nessa ideia ele expõe uma condição de existência comum em muitos lugares, num tom de revolta e indignação de quem sofre esses efeitos. E é a música que faz o gancho no contexto do EP, de um ponto de vista paralelo de quem tem o universo na cabeça e os pés no chão. Descendo a noção.
05 – Distúrbio Verbal – “No Sertão”
O Distúrbio Verbal existe desde meados de 2000, na zona leste, hoje em dia é formado por LDR (pioneiro do grupo – 30), Matheus (22) e Inglês (21). Nos aproximamos depois, em 2010, e tivemos uma identificação pessoal muito grande. Essa música é a mais ilustrativa do EP. É um retrato, um relato pessoal de um retirante, o sentimento ao se retirar, e ao estar longe do seu chão. A letra foi inspirada pelo instrumental do Willian, com um sample de música nordestina.
06 – Distúrbio Verbal – “Nostalgia da Alma”
Nessa música o Matheus fala do fundamento de habitar a eterna estadia cósmica do nosso espírito, não trair nossa essência nessa era corrompida e delata um pouco do oculto sobre reino do mal. Foi direto ao ressaltar as diferentes formas desse mal e como combatê-las. Jesus é o caminho, a verdade e a vida.
07 – Fuzil – “Aspecto” [Part. Síntese]
O Fuzil (25), assim como o LDR, é uma das maiores influências e admirações que temos na Matrero. O Fuzil faz rap há muitos anos, é ex-integrante do Rot Crew, que influenciou muita gente aqui em São José. Ficou afastado do rap muito tempo, e ano passado viemos a nos aproximar e começamos a incentivá-lo a voltar a registrar. Esse som, com base do Neto, traz um pouco do que considerar pra assumir uma postura frente à opressão e como tratar linhas perdidas de pensamento. E faz associações de como isso compromete práticas gerando realidades de densas atmosferas, cada vez mais comuns.
08 – Subversão – “Nunca Me Deixe Ir” [Part. Disturbio Verbal, Willian Monteiro e Surpresa]
O Subversão é um grupo de 2011, formado por Moita, Leonardo (20) e Neto (19). Foi um projeto de vida, daquela fase que os três passavam, que uma vez praticando uma tese em conjunto, culminava numa postura subversiva radical frente à vida imposta e seus personagens. Nessa fase eles produziram e registraram um álbum, até. A ideia desse projeto possui uma peculiaridade, todas as músicas são feitas a partir da mesma ideia e com o mesmo nome das originais que sampleamos nos instrumentais, faz também uma associação com a fita de pessoas em lugares diferentes do mundo, há anos atrás, muitas vezes, terem os estalos do despertar das consciências.
E depois disso surgiu a ideia, num momento em que estávamos em comunhão na casa do Willian (Unidade II da Matrero), de fazer uma música todo mundo ali na hora. Todos escreveram e gravaram ali mesmo também, foi uma celebração, até o Willião rimou. O tema principal foi que todos são um só em um só todo, onipresente, e morando nesse sentimento, se doar, levar a luz e o amor adiante a quem secou, na crença de que sejam luz e amor também. O instrumental do Moita foi feito no mesmo momento que foi concebida a letra, a partir de um sample de Monique, “Never Let Me Go”.
09 – Síntese – “Máscara da Rua” [Remix]
O Síntese é formado por Leonardo e Neto. Em 2010 fizemos algumas cópias da primeira demo tape deles, e em 2011 a mesma coisa com a promo tape. Depois, ano passado, soltamos também os registros de um álbum duplo da dupla na rede.
Essa faixa é uma outra versão, que temos há muito tempo, de uma música que constitui o Sem Cortesia. Foi, inclusive, a primeira música que os dois fizeram juntos na vida, em 2008. Ela é uma reflexão emocional, seguida por um relato incisivo sobre a realidade do portão pra fora e tudo que a perfila.
Fonte:SOMA

