Bruno Mars faz show dentro do esperado no Super Bowl, mesmo com participação do Red Hot Chili Peppers

No Estádio MetLife, em Nova Jersey, onde acontece o jogo entre Denver Broncos e Seattle Seahawks (sendo que este deu uma lavada histórica naquele, até agora), os tradicionais poucos minutos de show do intervalo do Super Bowl, em 2014, causaram uma certa estranheza. Isso porque, primeiro, todo mundo já tinha questionando ter uma banda como o Red Hot Chili Peppers sendo convidada e coadjuvante de Bruno Mars que, com todos os seus méritos como artista, é menos conhecido do grande público, se comparado à veterana banda.

Aliás, Mars, que tem apenas dois discos na carreira, foi uma escolha um pouco inesperada para a apresentação do intervalo do Super Bowl, que nos anos recentes teve Beyoncé, em uma aguardada reunião com o grupo Destiny’s Child, Bruce Springsteen e Madonna. Para se ter uma ideia do prestígio da final do campeonato de futebol americano, meio minuto de comercial durante os intervalos custa R$ 10,8 milhões. O havaiano, a princípio, ia se apresentar sozinho, mas os produtores do prestigioso evento, que tem a segunda maior audiência esportiva do mundo, dentre as transmissões anuais de TV, queriam algo único e ofereceram a ele a oportunidade de convidar qualquer outra atração que quisesse. Também inesperadamente, ele convidou o Red Hot Chili Peppers, banda da qual é fã – e o grupo aceitou. Desde que a parceria foi anunciada, especulou-se muito a respeito de o que a parceria renderia, mas nenhuma das partes entregou nada.

Apesar de tudo isso, a performance não trouxe nada muito surpreendente. Começou com um coral infantil cantando estrofes de “Billionaire”, hit de Travie McCoy que tem participação de Mars. Em seguida, ele demonstrou suas habilidades em um solo de bateria. Pegou o microfone pela primeira vez com “Locked Out of Heaven”, enquanto sua banda fazia a tradicional performance de pular em torno dele. Ele seguiu com o sucesso “Treasure” e “Runaway Baby”, e um trechinho de “Shout” (The Isley Brothers) – tudo isso somado a seus indefectíveis passos de dança.

Nem as temperaturas extremamente baixas do norte dos Estados Unidos, que têm sido notícia no mundo todo, impediram os integrantes do Red Hot Chili Peppers de tirar a camisa. Em seguida, a participação da banda começou e acabou com uma versão (saltitante, como não poderia deixar de ser) de “Give It Away”, ao lado de Mars.

Antes do encerramento, com “Just the Way You Are”, membros das Forças Armadas norte-americanas mandaram mensagens gravadas aos entes queridos e dedicaram a música para eles. O fim foi com muitos fogos de artifício e a correria sempre para desmontar o palco com a mesma habilidade impressionante com que ele foi montado.

Nova do U2
Também fez parte da porção musical do Super Bowl XLVIII o U2. A banda fez uma parceria com o Bank of America e a organização (RED), fundada por Bono para ajudar no combate à Aids, para lançar a música “Invisible” em um comercial do evento. A canção está disponível para download gratuito até 23h59 de amanhã e, a cada download, o banco doará US$ 1 para o Fundo Global de Combate à Aids, Tuberculose e Malária. “Estamos aproveitando toda essa energia que cerca o Super Bowl e o interesse que há no que o U2 está fazendo e encaminhando para a luta contra o HIV”, disse o frontman Bono ao jornal USA Today.

Ainda dentro da porção musical do Super Bowl, a cantora e atriz Queen Latifah abriu a noite, interpretando “America the Beautil”. Posteriormente, quebrando a tradição de ter atrações mais pop nesta função, a soprano Renée Fleming cantou o hino nacional norte-americano – ano passado foi Alicia Keys quem teve essa oportunidade.

Assista abaixo aos vídeos das performances musicais e da música do U2, “Invisible”:

Fonte:Rolling Stone Brasil

Grammy 2014: por dentro da volta por cima da premiação

Há oito anos, o Grammy estava passando por dificuldades. Após anos vendo a audiência subir e descer, a transmissão da cerimônia de 2006 teve uma queda vertiginosa, ao ponto de ter tido metade da audiência do episódio de American Idol que foi exibido naquela noite, nos Estados Unidos. O Grammy nunca tinha dado uma impressão tão ruim quanto nessa época. Mas a Academia de Gravação foi capaz de reverter essa tendência de forma definitiva nos últimos anos. Basicamente, fez isso voltando a dar ênfase em performances imperdíveis de grandes artistas, de Lady Gaga a Bob Dylan – e cortando o número de entregas de prêmios durante a transmissão para um quinto, em comparação ao que era mostrado antes na TV. A transmissão reinventada agora consegue todo ano trazer 25 milhões de espectadores, um número consideravelmente mais alto do que a média de um episódio de Idol. “Pode soar como uma heresia para a Academia de Gravação, mas o meio é a televisão”, diz Ken Ehrlich, o produtor de longa data da premiação. “Não há dúvida de que o Grammy se tornou um programa [de TV] de performances.”

Grammy 2014: você não vai acreditar, mas essas 12 pessoas têm um gramofone em casa.

Quando a 56ª edição do Grammy for ao ar, na noite deste domingo, 26, os telespectadores verão performances únicas de Daft Punk (foto) com Stevie Wonder; Metallica com o pianista clássico Lang Lang; Madonna com Macklemore & Ryan Lewis, além de Paul McCartney, Katy Perry, Ringo Starr, Lorde, Pink, Taylor Swift, John Legend, Keith Urban, entre outros. O esforço para juntar artistas em combinações surpreendentes surgiu da mente de Neil Portnow, que é presidente da Academia de Gravação desde 2002. “Você quer diversidade, em termos de como essas performances serão – então pega, por exemplo, um nome muito clássico e junta com um novato”, diz Portnow. “É um programa de televisão, e nem tudo que constitui ótima música se traduz em ótima programação de TV.”

Galeria: dez grandes shows da história do Grammy.

Para os artistas, conseguir uma vaga boa para se apresentou se tornou algo mais do que desejável do que de fato ganhar um Grammy. “Se apresentar é um milhão de vezes melhor do que um troféu na sua prateleira”, diz Dan Reynolds, vocalista do Imagine Dragons, que fará um medley com Kendrick Lamar, este ano. Lembro quando vi o Mumford & Sons se apresentando no Grammy. Saí e fui comprar o disco deles.”

Fonte:Rolling Stone Brasil

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