Após cancelamento de A Entrevista, cinema exibe filme que satiriza ex-ditador da Coreia do Norte
Após os ataques de hackers à Sony Pictures e as ameaças terroristas, o filme A Entrevista teve a estreia nos cinemas cancelada. E para ocupar o espaço deixado pelo longa, os cinemas estão tendo que ir atrás de novas soluções. O Alamo Drafthouse, nos Estados Unidos, por exemplo, informou que exibirá Team America – Detonando o Mundo no lugar do polêmico filme de Seth Rogen.
10 estrelas da música que cantaram para ditadores.
O anúncio foi feito pelo Alamo – que fica em Dallas, nos Texas – através do Twitter, informando que a sessão única (no dia 27 de dezembro) acontecerá de graça. A comédia escrachada e recheada de sátiras – feita há dez anos pelos criadores de South Park, Trey Parker e Matt Stone – traz o antigo ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-il, como vilão no enredo.
Entenda os ataques à Sony.
“Nós iríamos exibir o filme A Entrevista de todo jeito…”, escreveu a conta do cinema no Twitter. “Mas agora iremos passar Team America – Detonando o Mundo no lugar dele… De graça [com o trocadilho em inglês de ‘pela liberdade’]”. Veja o tuíte abaixo:
…but now we'll be showing TEAM AMERICA in it's place…for FREE(DOM). Because AMERICA, F YEAH. http://t.co/7A7p6ApIIE pic.twitter.com/U3EEqQU1Px
— Alamo Drafthouse DFW (@AlamoDFW) December 17, 2014
Assista abaixo ao trailer.
Fonte:Rolling Stone Brasil
Cinema movido à energia solar é uma das atrações do Festival EntreTodos
O EntreTodos, Festival de Curtas Metragens de Direitos Humanos, contará com uma atração especial durante a cerimônia de encerramento. A conclusão da mostra, que acontece na segunda-feira, 8 de dezembro, terá o primeiro cinema móvel do Brasil, que funciona com energia solar.
De 1939 a 2002: relembre 20 falas icônicas do cinema.
Os curtas vencedores serão exibidos através do Cinesolar em uma sessão gratuita e aberta ao público, no jardim suspenso do Centro Cultural São Paulo. O “cinema ambulante” conta com placas que captam energia do sol e a reverte em energia elétrica – ou seja, ele utiliza exclusivamente energia limpa e renovável.
O Caminhão do Meu Pai, curta-metragem brasileiro, está entre os dez finalistas do Oscar 2015.
Os 29 filmes selecionados para esta edição do festival foram divididos nas categorias Vozes Urbanas, Possibilidades, Na Lata, Incêndios e Visão de Dentro. Entre os dias 3 e 7 de dezembro, o festival é realizado em mais de 50 locais na cidade de São Paulo.
Cinesolar no Entretodos
Sábado, dia 8 de novembro, às 20h
Local: Centro Cultural São Paulo – Rua Vergueiro, 1000 – Paraíso
Entrada gratuita
Fonte:Rolling Stone Brasil
Gaspard Ulliel fala sobre beijo gay em Saint Laurent: “Um lindo beijo de cinema”
Considerado um dos homens mais sexies do mundo pela revista Elle, o ator Gaspard Ulliel completa 30 anos no limite da fama internacional como protagonista da cinebiografia Saint Laurent, de Bertrand Bonello, indicação da França para competir ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2015. O ator conversou com o site da revista Rolling Stone Brasil em entrevista individual durante a última edição do São Paulo Fashion Week. O filme chegou aos cinemas nacionais no último dia 13 de novembro.
Doze escândalos do mundo da moda.
Um dos maiores méritos do filme é que sua atuação não se parece com uma imitação de Yves Saint Laurent. Qual era o seu conhecimento sobre ele antes de encarná-lo no cinema?
Eu tinha um conhecimento nulo sobre Saint Laurent quando fui convidado por Bertrand para fazê-lo. Anos atrás, quando filmei Paris, Eu Te Amo, de Gus Van Sant, ele também mencionou a ideia de fazer um filme baseado no livro Beautiful People, de Alice Drake, e disse que adoraria me ver como o jovem estilista. Mas o projeto não foi pra frente e não pensei duas vezes quando surgiu esta segunda oportunidade. Precisei buscar do zero todas as referências possíveis antes de compor o personagem.
Por outro lado, seu pai também é estilista e você cresceu ligado ao mundo da moda, não? Como essas referências se encaixaram para a construção do personagem?
Cresci em Paris, trabalhei como modelo para a marca Chanel. Tenho uma grande ligação com a moda, mas não tenho a sensação de pertencer a este mundo. Conheci um monte de costureiras quando era criança e me lembro dos processos, desde a concepção até os vestidos ficarem prontos. O contato de Saint Laurent com os croquis acabou sendo familiar e foi como voltar aos desenhos que meu pai fazia durante a minha infância. Uma espécie de memória afetiva.
Modelos que conseguiram se estabelecer em outras áreas do entretenimento.
O filme também te deu a oportunidade de dividir um personagem, em idades diferentes, com o veterano Helmut Berger. Esta troca te influenciou de alguma forma?
Sim. Eu conhecia muito bem o trabalho dele nos filmes do [Luchino] Visconti. Foi genial quando Bertrand anunciou a ideia de ter nós dois como protagonistas. Acho que a evocação do cinema de Visconti remete perfeitamente ao tema da filiação, sempre presente nos filmes do Bertrand, e à questão dos fantasmas estéticos de Saint Laurent. Por uma questão de continuidade e do forte sotaque austríaco do Berger, tivemos que passar por um processo complicado de dublagem e adaptar minha voz a do personagem mais velho de maneira natural.
Há também algumas cenas eróticas protagonizadas por você e por Louis Garrel (Jacques de Bascher)…
Bertrand percebeu que os dois personagens tinham uma certa graça e, em uma noite de filmagens, sugeriu que fizéssemos uma cena de sexo fora do script. A única coisa que pedimos é que fosse apenas uma cena, uma tomada só! Mas eu acho que saiu um lindo beijo de cinema.
Filmes que retratam o mundo da moda.
Você costuma dizer que virou ator quase por acaso, ainda na adolescência. Agora completa 30 anos na lista dos homens mais bonitos do mundo e parece que esse personagem acabou sendo um marco na sua carreira. Como se vê daqui pra frente? Acha que pode se tornar um ícone internacional?
Acho que cinema e público me percebem melhor agora. Talvez seja uma nova etapa pessoal também. Estou indo mais longe ao acessar os personagens. Não sei se vou me tornar um ícone, mas isso não pertence a mim. Difícil escolher o próximo personagem depois de uma experiência tão intensa e sinto que tenho novas exigências agora. Já recebi algumas propostas nas últimas semanas. Mas vamos ver onde isso vai dar.
Fonte:Rolling Stone Brasil