Adriana Calcanhotto grava ‘Margem’ quando show voltar a aportar no Rio | Blog do Mauro Ferreira


Em cena desde agosto de 2019, o último show da trilogia marinha da artista já ultrapassou inclusive os mares do Brasil, tendo sido apresentado neste mês de outubro nos Estados Unidos, de onde segmento para a Europa.

O roteiro inclui Futuros amantes (Chico Buarque, 1993), música gravada pela cantora para ser faixa-bônus da edição japonesa do álbum Margem, lançado no Brasil em junho. O disco, aliás, originou o show. Mas o espetáculo Margem balança em vaga dissemelhante.

Com a termo, Calcanhotto, capitã da embarcação tripulada pelos músicos Muito Gil (guitarra e synth), Bruno Di Lullo (plebeu e synth) e Rafael Rocha (mpc, bateria, percussão, Handsonic e assovio): “No primeiro experimento olhei para a margem e falei ‘vamos fazer um luau’. Esse foi o primeiro sentimento. Luaus dependem da força do vento, do tempo que ele sopra numa só direção, da maré, e esse show é assim; completamente dependente do mar. Com os ensaios, porém, fui percebendo que o enredado de textos do roteiro, que tem muitos ecos e referências literárias, foi se superpondo à teoria de luau, que é a princípio menos multíplice. Os arquétipos marinhos foram dando as caras, a meu ver em função da sonoridade que alcançamos tocando juntos tanto tempo depois das gravações do disco. O som do show não quis ser o som do disco, o universo timbrístico teve que se expandir pra sofrear as canções da trilogia e mais as outras todas, e isso era previsto, mas o som do show resultou mais relaxado, mais vagabundo. Interessante foi notar as ligações que as canções começaram a fazer entre si independentemente da minha ação. De certa forma, fui observando o roteiro se fazer a si próprio, maneira inteiramente novidade pra mim de conceber um espetáculo”, relata Adriana Calcanhotto.



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