True Detective: saiba o que esperar da segunda temporada da série
Aqui vai uma surpresa: Rachel McAdams (Meia-Noite em Paris) foi uma ótima escolha para o papel de policial. Ela é facilmente a melhor coisa na segunda temporada de True Detective. A transição dela de uma “moçoila malvada” para uma policial durona é espetacular. S padrão da série estaria completamente perdido sem ela, já que cada temporada apresenta um enredo novo. A trama se passa em Los Angeles, e tem porquê ponto meão uma conspiração criminal repleta de discursos filosóficos.
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Vince Vaughn (Com a Bola Toda) faz o papel de um gangster nevrótico que tenta entrar na legitimidade. Já Colin Farrell (Por Um Fio Por Um Fio) é o genérico policial com problemas. Taylor Kitsch (Selvagens) interpreta um garanhão taciturno e poderoso que quer voltar a fazer rondas com a sua moto pela cidade.
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A estreia de True Detective teve a surpresa porquê vantagem – já que ninguém esperava que Matthew McConaughey (Clube de Compras Dallas) ou Woody Harrelson (Onde os Fracos não Têm Vez) seriam capazes de interpretar de forma magistral os complexos papéis de Rust Cohle e Martin Hart. Foi uma permanente surpresa em termos de atuação, roteiro e direção, mesmo quando o enredo não fazia o menor sentido. Toda a luminosidade do estado da Louisiana se transformou em negrume através dos complexos policiais.
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A segunda temporada, mas, começa lenta, ao menos nos três primeiros episódios, sobretudo por não ter a novidade porquê arma: é um drama policial na Califórnia. Figura mediano da trama, Vaughn é um magnífico ator de comédias, mas isso não faz dele amedrontador.
Farrell não convence. Quem não precisa de um lado obscuro? S problema é que ele sofre entre abismos psicossexuais que não são convincentes. E isso serve em duplo para Kitsch, que tem o carisma tragicamente sugado quando está vestido.
Nic Pizzolatto (The Killing), responsável da série, invadiu um universo fascinante na primeira temporada, mas o sucesso não se repete nos novos episódios. Talvez McAdams seja o único trunfo da novidade trama. True Detective é repleto de surpresas, mas a maior delas é o indumento de Regina George, de Meninas Malvadas, ser a melhor detetive da série.
Fonte:Rolling Stone Brasil
Saiba quem são as cinco pessoas mais poderosas no mundo do streaming músico
Jay Z investiu US$ 56 milhões no Tidal. A Apple trabalha para tentar destruir os concorrentes. S Spotify acumulou centenas de milhões de dólares em ações financeiras. S YouTube mantém a possante audiência na lar de 1 bilhão de visitantes únicos por mês.
Celebridades marcam presença no evento de lançamento do serviço de streaming de Jay Z.
Cada “jogador” no campo de guerra do streaming músico quer um pedaço do negócio de US$ 1,9 bilhão, que representou 27% do faturamento da indústria fonográfica em 2014, segundo a Associação de Indústria de Gravação da América. Com downloads no formato MP3 do iTunes e os CDs em queda livre, a guerra pelo trono de ferro do streaming ainda está em curso. A Rolling Stone EUA passou por todos os competidores e elencou os cinco maiores. Aqui estão aqueles para ficarmos de olho no horizonte da música.
5 – Jay Z (Tidal)
S rapper superstar e empreendedor fez uma aposta no mês pretérito quando comprou o, até logo, pouco divulgado serviço de streaming sueco Tidal por US$ 56 milhões. S Tidal era um azarão na disputa, mas Jay convidou as maiores estrelas musicais do mundo, incluindo Beyoncé, Rihanna, Madonna, Alicia Keys, Daft Punk e membros do Coldplay, White Stripes e Arcade Fire, para levantar a atrativa empresa com ele.
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Os artistas garantem estarem deteriorado o negócio de streaming para que mais royalties sejam pagos para aqueles que fazem música, mas o Tidal não explicou exatamente porquê vai fazer isso – a executiva sênior Vania Schlogel diz que é simplesmente uma questão de não oferecer o resultado de perdão. Isso será suficiente? Veremos, mormente depois de a Apple lançar o concorrente Beats.
4 – Lucian Grainge (Universal Music Group)
S negócio das gravadoras não é a máquina de quantia que costumava ser na era do CD, mas as maiores marcas ainda detêm a maioria da música já feita. Então, todo serviço de streaming deve negociar acordos de licença com todas as companhias, começando pela Universal. Grainge, o gerente da gravadora, guiou a Universal com exalo para acordos com o Spotify e outros alguns anos detrás, antes de o mercado de streaming ter decolado.
Ultimamente, ele tem expressado dúvidas. No início do ano, disse que streaming de perdão, muito por propaganda, “não é um pouco particularmente sustentável em longo tempo” e sugeriu que serviços gratuito deveriam limitar os lançamentos mais esperados. Outros executivos de grandes gravadoras disseram coisas parecidas. Se o streaming mudar do “gratuito para todos” oferecido por Spotify e YouTube, será por desculpa de pessoas porquê Grainge.
3 – Susan Wojcicki (YouTube)
“Música é uma troço realmente muito importante da experiência do YouTube”, a director executiva da companhia disse anos detrás, logo depois de assumir o incumbência. Você acha? Quase toda música um dia gravada aparece no YouTube de perdão e qualquer tentativa de Spotify ou Beats de cobrar os ouvintes deve encarar essa veras. “S YouTube é o maior serviço de streaming gratuito do mundo e isso é frustrante”, afirma Ian Montone, empresário de Jack White, Vampire Weekend e outros. “Isso também pode ser uma instrumento de invenção”.
S Google, possuinte do YouTube, evita o peça porque, primeiro, seus anúncios massivos pagam compositores, artistas e gravadoras. Segundo, detentores de direitos podem derrubar qualquer vídeo que eles não queiram que apareça no site. Terceiro, o serviço tem bilhões de visualizadores e poucos músicos querem perder a chance de se tornarem virais porquê Justin Bieber, Psy, OK Go ou “Harlem Shake”.
2 – Jimmy Iovine (Beats/Apple)
Ainda que ninguém saiba exatamente com o que o Beats Music vai parecer, quando ele for lançado (supostamente) em junho, a Apple, avaliada em US$ 710 bilhões, terá uma inalcançável suplente de marketing. “Quando o Beats comparecer, com a máquina da Apple por trás dele – você pode ter isso no seu relógio, você pode ter isso em qualquer lugar -, ele vai vencer”, prevê Gary Stiffelman, representante que já trabalhou com nomes porquê Michael Jackson e Lady Gaga.
Iovine, que fundou a Beats Electronics com Dr. Dre e vendeu a gigante dos fones de ouvido para a Apple, ano pretérito, por US$ 3 bilhões, é um veterano do mercado que entendeu o negócio das gravadoras e tem a habilidade de acalmar estrelas preocupadas com os pagamentos dos royalties. Poderá ele se adequar à novidade tecnologia? Se não, ele tem bastante gente da Apple, além de informados executivos da Beats porquê Ian Rogers e Trent Reznor, do Nine Inch Nails, para ajudá-lo.
1. Daniel Ek (Spotify)
S Spotify está para receber US$ 400 milhões em novos financiamentos, o que levaria o valor do serviço de streaming a US$ 8,4 bilhões – um número contraditório, considerando que todo o patrimônio da indústria de gravação dos Estados Unidos vale US$ 12 bilhões. Depois que Taylor Swift retirou as músicas dela do Spotify e chamou a marca de “um grande experimento” que não recompensa artistas e compositores da forma correta, grandes companhias empurraram até o limite os produtos disponíveis na troço gratuita do serviço.
Mas a marca de 60 milhões de usuários se recusa a mudar. Ek, fundador da empresa, escreveu um longo e detalhado texto depois do ocorrido com a cantora. Em resposta, disse que a companhia já pagou US$ 2 bilhões para detentores de direitos e que “estamos trabalhando dia e noite para restabelecer o quantia que a pirataria estava levando embora”. Qualquer caminho para a vitória na guerra do streaming passa por Ek e pelo Spotify.
Fonte:Rolling Stone Brasil
Kurt Cobain – Montage of Heck: saiba tudo sobre o documentário
“It’s now my duty to completely drain you”. Já era esperado ouvir as músicas do Nirvana tocando no sistema de som do MARC Theater antes da estreia mundial de Kurt Cobain: Montage of Heck. Mas quando este verso de “Drain You”, de Nevermind, surgiu – poucos minutos antes de as luzes se apagarem –, não era possível prever o quão profética seria aquela sensação.
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Uma mistura multimídia de vídeos caseiros, escritos em diários, desenhos, rabiscos em cadernos e gravações em áudio do cantor e compositor, o documentário de Brett Morgen é mais do que apenas um filme obrigatório para os fãs do Nirvana. É um trabalho coletivo feito em oito anos que oferece uma espiada na mente do artista, do primeiro indício criativo até o espiral descendente.
E quando o filme se aproxima do fim, com Kurt agradecendo a plateia no show da banda no MTV Unplugged, a sensação não é de apenas ter conhecido melhor o cara, mas, sim, de completo esgotamento emocional.
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“Só queria dar à Frances algumas horas a mais com o pai dela”, disse Morgen (na foto abaixo, ao lado de Courtney e Frances). Ela estava na plateia, assim como a mãe de Kurt, a irmã (Kim), Krist Novoselic e Courtney Love, que recebeu profusos agradecimentos do diretor pela confiança dela. “Desafio você a encontrar outra pessoa que lhe daria as chaves do depósito”, disse. “E diga: ‘Vasculhe toda minha bagunça, faça um puta filme e vou assistir quando estiver pronto’.”
Dizer que Morgen teve acesso irrestrito aos pertences pessoais de Cobain seria insuficiente. Há gravações de uma Super 8 de Kurt criança com os cabelos loiros com corte estilo tigela, batendo em um piano de brinquedo e apagando velas de um bolo de aniversário. Há também fotos do músico como um adolescente calado, com a voz dele ao fundo descrevendo como as descobertas da maconha e do punk o ajudaram a lidar com um profundo senso de alienação.
20 anos atrás, um Kurt Cobain rouco e introspectivo comandava o último show do Nirvana.
Sempre quis ver a certidão de nascimento de Kurt? Ou ouvir uma conversa gravada entre Cobain e o vocalista do Melvins, Buzz Osborne, sobre como a cidade de Aberdeen era uma merda? Está tudo lá, de longas passagens com páginas de cadernos cheias de desenhos e com prováveis nomes de banda (The Reaganites, Hare Lips) até versões embrionárias das icônicas canções.
Declarações de integrantes da família, a ex-namorada Tracy Marander, Novoselic e Courtney ajudam a construir uma ponte entre as páginas e as parafernálias de Kurt. A ausência declarada de Dave Grohl foi explicada por Morgen na entrevista após a exibição: ele entrevistou o líder do Foo Fighters há algumas semanas, depois de o filme já estar pronto. Existe a possibilidade de ele reeditar o longa no futuro.
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Esta pode ser a única observação sobre Montage of Heck, cujo título foi tirado de uma das mixtapes de Cobain (ouça abaixo) cheias de vozes, barulhos, trechos de músicas e uma demo ocasional. Morgen utiliza-se do formato – de achar uma finalidade por meio das esquisitices – para chegar ter um resultado extremamente pessoal.
Partes chave da mitologia acerca do Nirvana – como Kurt encontrando inspiração em um grafite de Kathleen Hanna ou como e quando aconteceu a entrada de Grohl na banda – são quase que deixados de lado. O número de telefone de David Geffen aparece rapidamente em uma anotação. E até mesmo o vídeo de “Smells Like Teen Spirit” é encoberto por uma versão da música interpretada por um coral de crianças.
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Por isso, o espectador ganha uma experiência de Kurt Cobain sem filtros: todos os esboços perturbadores, poemas inacabados e listas de desejos. Ganha, também, uma visão desarticulada e desorientada da fama pelos olhos dele, com uma mistura confusa de shows, reportagens e questionários insípidos na TV.
Há também uma desconfortável e íntima abordagem da vida dele ao lado de Courtney, incluindo fotos deles se beijando (tiradas por eles mesmos) e imagens de Courtney grávida com os seios descobertos. Este é um casal perdidamente apaixonado e, de acordo com as matérias de tabloides que Morgen expõe, frequentemente drogado.
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Mas é esta parte que ganha destaque, especialmente quando Frances Bean Cobain entra em cena. “Frances me disse: ‘As pessoas agem como se meu pai fosse o Papai Noel’”, disse Morgen, depois da exibição do documentário. “‘E ele não era o Papai Noel’. Acho que ela percebeu isso depois de assistir ao filme.”
Kurt era um pai atencioso, mesmo quando pressões externas o colocavam em má situações ou os problemas de saúde o deixavam inativo. O amor dele pela filha sempre foi de conhecimento público, mas vê-lo rolando pelo chão com ela, enquanto Frances se diverte, muda o foco do astro. Aquela cena não é a representação do porta-voz de uma geração. É apenas um ser humano, um marido e um pai.
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Isso tudo deixa muito emocionante a exibição de Kurt se confessando por meio de violentas mensagens de voz ou as páginas do caderno dele que indicam um desespero por ajuda – um dos escritos é simplesmente a frase: “Vá se matar”, repetida diversas vezes.
O momento mais assombroso acontece quando o jornalista da Rolling Stone EUA, David Fricke, pode ser ouvido acima da trilha sonora questionando Cobain sobre “I Hate Myself and Want to Die” (“Eu me odeio e quero morrer”), de In Utero: “Você está sendo muito satírico ou atingido algo muito sombrio?”. A resposta de Kurt é uma risada arrepiante.
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Qualquer um poderia ter feito um documentário sobre uma banda. A abordagem experimental, uma viagem sem estrada, feita por Morgen, entretanto, fez algo muito mais profundo: deixa o espectador sentir-se como se tivesse estudado o diário de alguém. Deixa a sensação de que Kurt ficaria feliz por isso. Esteja preparado para encontrar o cara que você admira. Mas esse encontro é tanto para o bem quanto para o mal.
Fonte:Rolling Stone Brasil
