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Fonte:Rolling Stone Brasil

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Rock Works 2015: com cover de “Trem das Onze”, Emicida faz show com tom político e pleno de robustez

Graças a Black Messiah, de M’Angelo, e a To Pimp a Butterfly, de Kendrick Lamar, 2015 será lembrado porquê o ano em que a política negra e a música negra ressurgiram para se unir ao pop mainstream. No Brasil, o rapper Emicida tem levado temas delicados – e, geralmente, silenciados – porquê o racismo, a intolerâncias religiosa e a luta de classes aos holofotes. Recentemente, o músico lançou o clipe que ilustra a melodia “Boa Esperança” e despertou debates nas redes sociais.

Como Kendrick Lamar conseguiu superar momentos sombrios e inseguranças para se tornar o nome mais elogiado do hip-hop.

Dirigido por João Wainer (Junho) e Kátia Lund (Cidade de Deus), o vídeo narra uma rebelião de empregados domésticos em uma mansão de São Paulo. Enquanto manda rimas porquê “favela ainda é senzala, explosivo relógio prestes a estourar”, Emicida expõe de forma desconcertante o preconceito racial e social típico do Brasil. A trama de “Boa Esperança” aborda diversos tipos de violência, entre eles o doesto sexual sofrido pelas empregadas domésticas e a intolerância por conta de tranças e penteados afros.

Emicida expõe a luta de classes e o preconceito racial no impactante clipe de “Boa Esperança”.

No olho do furacão e com o exposição mais político de toda a curso, Emicida subiu ao palco da Audio Club, na noite desta terça-feira, 7, para fazer o show de fechamento do Festival Rock Works, organizado pela West Coast em parceria com a Rolling Stone Brasil. Antes do rapper, os brasilienses do Scalene, os goianos do Boogarins e os potiguares Far From Alaska mostraram as diversas sonoridades produzidas em todo o Brasil por uma novidade geração mais do que talentosa.

Como Kendrick Lamar conseguiu superar momentos sombrios e inseguranças para se tornar o nome mais elogiado do hip-hop.

Após dois anos nas estrada com a turnê de S Glorioso Retorno De Quem Nunca Esteve Aqui (2013), eleito pela Rolling Stone porquê o melhor registro de estúdio daquele ano, o show de Emicida foi pautado em canções que retratam a curso dele cá. “Bang”, que reflete sobre os rumos que o rap está tomando no país, foi a escolhida para penetrar a noite. Na sequência vieram “Rinha (Já ouviu Falar?)”, de Emicídio, cantiga que faz uma ode aos celeiros que formaram grandes os nomes responsáveis pela reformulação do hip-hop pátrio, e “Triunfo”, single que deu projeção pátrio ao rapper em 2009. “Boa noite, São Paulo, obrigado pela presença de todos vocês nesse dia pluviátil”, disse o artista no primeiro contato com os fãs.

Como Kendrick Lamar conseguiu superar momentos sombrios e inseguranças para se tornar o nome mais elogiado do hip-hop.

S show foi permeado por camadas distintas. No prelúdios, as críticas sociais estavam mais latentes, representadas por faixas mais simples e diretas. A impactante “Levanta e Anda”, que narra a puerícia complicada do músico e os desafios do jovem na periferia, foi recebida com empolgação pela plateia. Em seguida, a faceta dramática de Emicida ganhou destaque. Versos porquê “A sociedade vende Jesus/ por que não ia vender rap” (de “Hoje Cedo”) deram lugar a frases porquê “Eu palato tanto dela a ponto de querer tá perto, pronto” (“Eu Gosto Dela”), criando um novo momento na apresentação.

Como Kendrick Lamar conseguiu superar momentos sombrios e inseguranças para se tornar o nome mais elogiado do hip-hop.

“Nós vivemos na era da informação. A internet está aí para facilitar o contato das pessoas com o conhecimento. S que tem ocorrido, porém, é exatamente o contrário disso. Quem dá as cartas e a estupidez e a desinformação. Vocês já viram o meu clipe novo? P da música ‘Boa Esperança’. Parece que alguns querem mesmo viver na alucinação. Mas quer saber? Nós já surfamos muitas ondas de ódio e não será essa que vai nos derrubar. Vamos seguir com a cabeça erguida”, afirmou.

Ainda houve espaço para “I Love Quebrada”, fita que inspirou o título da romance da Rede Globo, I Love Paraisópolis – protagonizada por Bruna Marquezine -, e para o hit “Zica Vai Lá”, cantado em uníssono pelo empolgado público. Houve espaço também para uma cover de “Trem das Onze”, famosa cantiga de Adoniran Barbosa, que foi popularizada pelo grupo Demônios da Garoa. S clima de sarau tomou conta do recinto quando Emicida bradou “Independente da sua fé/ Música é nossa religião”, refrão de “Ubuntu Fristaili”, filete com a qual ele se despediu do palco.

Sobre o Festival Rock Works
Há 50 anos, Bob Dylan chocou os puristas do folk com sua primeira apresentação “elétrica”, no festival Newport Folk. Poucos anos depois, Jimi Hendrix tocou, para muro de 320 milénio pessoas, o hino dos Estados Unidos no festival Woodstock. No primeiro Rock in Rio, 30 anos detrás, o Paralamas do Sucesso se apropriou do hit do Ultraje a Rigor “Inútil” para reclamar em resguardo das eleições diretas.

No clima de confraternização sonora, a Rolling Stone Brasil anunciou a realização do Festival Rock Works, apresentado pela West Coast. Representando o rap e diversas facetas do rock pátrio, a primeira edição do evento teve porquê atrações Emicida, Scalene, Boogarins, Far From Alaska e DJ Vito.

Assim porquê nos grandes momentos dos festivais ao volta do mundo, o primeiro Rock Works demonstrou compromisso com o presente, reunindo o que há de mais representativo na música brasileira contemporânea, do melhor álbum de 2013, de Emicida, ao grupo em maior subida no rock brasílico atual, o Scalene.

S Rock Works também é um retrato vasto do Brasil porquê um todo, com atrações de quatro lugares diferentes do país. Enquanto o Boogarins traz a psicodelia de Goiânia, o Far From Alaska representa as guitarras da cidade de Natal, no Rio de Grande do Norte. Enquanto o Scalene é o mais novo representante da prolífica cena brasiliense, Emicida cantou as desventuras da rua paulistana.

Fonte:Rolling Stone Brasil

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