S saudoso Lou Reed desafiava a música sem temor e porquê poucos

Você vê um copo com chuva até a metade e enxerga que ele está meio pleno ou meio vazio? Difícil presumir, mas se o famigerado copo for o disco Lulu, do Lou Reed em parceria com o Metallica, é fácil: todo mundo vê um copo absolutamente vazio. S álbum foi achincalhado pela sátira: “Lulu chega ao inimaginável fundo do poço”. “Não é somente a pior coisa que cada um dos envolvidos já fez, é candidato a pior de todos os tempos.” “Soa porquê o camarada bêbado do seu pai recitando pornografia enquanto toca uma velha fita do Metallica.”

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A sentença estava dada, o disco do Lou Reed com o Metallica estava réprobo a apodrecer na prateleira dos maiores erros musicais da história. Estava! Pois na última cerimônia do Hall da Fama do Rock, Laurie Anderson, viúva de Lou, fez uma revelação no exposição de indução do marido. Ela contou que David Bowie, reservadamente, lhe afirmou: “Lulu é a obra-prima do Lou”.

Há quem aposte que a asseveração do Bowie seja uma sacanagem, a última dele com Lou. Outros preferem confiar que se trata somente do prazer de discordar da unanimidade. Eu duvido e me pergunto: o que David Bowie viu no Lulu? Viu o que de mais corajoso e vasqueiro um músico pode fazer, David Bowie viu em Lulu um músico desafiando a música.

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G corriqueiro vermos músicos desafiando a tendência. Outro dia, Rihanna não apareceu vestida de gema de ovo no MET Gala? E a Lady Gaga, que trajou um histórico vestido de mesocarpo? Se as duas hipoteticamente se trombassem, eu chamaria a trombada de steak tartare fashion. Também é corriqueiro vermos músicos desafiarem o marketing, vide a camiseta contra a homofobia que Tyler, The Creator criou: um símbolo neonazista com as cores do círculo-íris. Músicos desafiam o marketing, a tendência, o status quo e até governos. Mas poucos têm coragem e conhecimento para fazer isso com a música em si.

Lou Reed desafiava. Em 1975, ele quase acabou com a própria curso com Metal Machine Music, álbum duplo com quatro faixas feitas de puro estrondo. S disco gerou críticas ainda mais destrutivas que as de Lulu, sendo que a preferida de Lou terminava assim: “Músicas recomendadas: nenhuma”.

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Por que diabos alguém realiza alguma coisa assim? Porque alguém precisava realizar, oras! Segundo Lou, “agora que está feito, qualquer coisa pode ser feita”. Quem procurar um disco convencional em Metal Machine Music ou Lulu simplesmente não vai encontrar, mas, para nossa sorte, há gente porquê Bowie, que olha para um copo com chuva até a metade e não vê copo nem chuva, vê arte.

Fonte:Rolling Stone Brasil

Paródia de “It’s The End Of The World” resume Breaking Bad em poucos minutos

Alerta de spoiler: você pode descobrir coisas que não queria sobre o final de Breaking Bad.

Para infelicidade de milhares de fãs espalhados pelo mundo, acabou Breaking Bad no último domingo, 29. E se você quiser matar a saudade da trama mas não tem tempo, ou paciência, para rever os 62 episódios, aqui está uma alternativa – uma paródia da música “It’s The End Of The World”, do R.E.M., com diversas cenas chaves que resumem as cinco temporadas da atração.

“It’s The End Of Breaking Bad” é uma divertida opção para quem quer rever a jornada de Walter White, o homem que de um simples professor de química se transforma em um poderoso traficante de metanfetamina. Todas as cenas chave da série – desde a morte de Gus Fring até a genial ideia de Jesse Pinkman para usar imãs (“yeah bitch, magnets!”) – estão compiladas no vídeo abaixo.

Galeria: as lições do final de Breaking Bad

A canção também conta com uma referência discreta a “Boss of Me”, do They Might Be Giants, abertura de Malcolm in the Middle. Se antes Bryan Cranston interpretava o pai de Malcolm, agora ele virou um tutor de valores questionáveis de Jesse.

Veja:

Fonte:Rolling Stone Brasil

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