Em palco menor e perto do público, Beyoncé se despede do Brasil com show em São Paulo

Beyoncé é um dos maiores ícones da música pop e está no auge com a atual turnê, The Mrs. Carter Show, que teve passagem pelo Brasil encerrada neste sábado, 14, com a apresentação em São Paulo. E fez show para deixar saudade nos fãs brasileiros – diante de um Morumbi lotado, a cantora repetiu a atuação impecável que passou antes por Fortaleza, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.

Mas a artista não subiu ao palco no horário combinado. Às 19h30, quando ela deveria começar a apresentação, um DJ iniciou set que se estendeu por meia hora com hits de Katy Perry, Lady Gaga e Justin Timberlake, além de um inexplicavelmente vaiado Naldo, entre outros. Depois de 1h15 de atraso, quando parte do público já começava a se impacientar, ela entrou, imponente, em cena.

O espetáculo teve início animado com “Run the World (Girls)” e “End of Time” e fogos de artifício iluminaram o palco logo nos primeiros minutos de apresentação. Em “If I Were a Boy”, Beyoncé, que passou toda a noite com o cabelo preso, trocou de roupa pela primeira vez e concentrou-se mais em mostrar sua voz potente. Em seguida interagiu com a plateia e criou para “Get Me Bodied” um clima extasiado.

Embora o repertório tenha sido praticamente o mesmo de outros shows da turnê, em São Paulo um palco menor deixou a cantora perto do público e inclusive muitos conquistaram um toque da diva ao esticar o braço. Quando cantou “Irreplaceble”, depois de entregar-se de cima de um piano para os versos de “1+1”, ganhou a passarela até o meio do público e foi agarrada por um exaltado fã que a derrubou. Os seguranças agiram rapidamente, mas além do susto a cantora demonstrou preocupação com seu algoz e apressou-se em pedir calma e cumprimentar o fã que parecia fora de si.

Beyoncé tem uma equipe muito bem montada em cena, com banda formada toda por integrantes femininas. São musicistas talentosas e um naipe de metal que enriquece muitas das faixas do repertório. A sonoridade, por isso, é muito orgânica, principalmente se comparada à de outras estrelas do gênero. No palco os únicos homens são os dois gêmeos conhecidos como Le Twins, carismáticos dançarinos capazes de coreografias impressionantes.

Se há algo do que se pode reclamar no show de Beyoncé, é o excesso de interlúdios que separam algumas músicas e dão tempo para que a estrela troque de roupa. Em algumas vezes, uma única canção é precedida e sucedida por vídeos e efeitos que exploram os conceitos do espetáculo – é o caso de “Freakum Dress” e “Why Don’t You Love Me”. Esta última um dos pontos altos do show, assim como “Love on Top” e “Crazy in Love”, entre outras.

Beyoncé apresentou para os paulistanos também sua nova música, “Grown Woman”, que não fez parte do setlist no Rock in Rio. A faixa contou com uma produção luxuosa. Um vídeo muito bem feito com ilustrações de animais selvagens era exibido enquanto a estrela cantava dentro de um vestido de cores vibrantes. Quem não vibrou tanto, contudo, foi público, que ficou distante de um trabalho tão recente.

“Baby Boy”, “Diva”, “Naughty Girl”, “Party” e “Single Ladies” foram alguns dos outros hits entoados pela cantora com um coral grandioso da numerosa plateia. A apresentação teve fim com “I Will Always Love You”, homenagem a Whitney Houston, e “Halo”, cantada enquanto a banda era apresentada e aplaudida. À esta altura ela estava enrolada em uma bandeira do Brasil e não economizou nas declarações de amor. “Vocês me tratam como se aqui fosse minha casa”, disse.

Fonte:Rolling Stone Brasil

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