Entre um ponto e outro no mapa há um túnel sem paisagem onde os expressos subterrâneos penetram a escuridão e aceleram o trajeto em detrimento da vista. Ali os caminhos são limitados por ferro e poucos são os iniciados nos segredos das bifurcações. Sobre as janelas desnecessárias, fantasmas postam mensagens em tipografias indecifráveis; desejo de provar por imagem um existir periférico. Abaixo da terra, após vencer as catracas, o passageiro torna-se parte de um coletivo contingente e efêmero composto de pequenas solidões. Cumpre o itinerário solavanco, mergulho, mantra urbano entoado no autofalante, trepidação, claustrofobia, discurso monocórdio de lamentação e súplica, ...
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Morando no Brasil, é fácil já ter se deparado com esculturas na areia – principalmente agora, no verão, quando as praias estão sempre cheias. Estamos acostumados a esse tipo de arte. Mas você dificilmente já encontrou um trabalho como o de Andres Amador. Esse norte-americano, nascido em São Francisco, cidade costeira, desenvolveu uma técnica surpreendente de desenhos na areia. É uma mistura de criatividade, inovação e liberdade: Amador viaja para diferentes praias a fim de registrar suas criações, que podem ultrapassar 30 metros de comprimento. É um trabalho essencialmente orgânico, mas que o artista realiza graças à ajuda da tecnologia. ...
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