Leia a carta emocionada que Tupac Shakur escreveu a Chuck D, do Public Enemy

Chuck D postou no Twitter uma carta que Tupac Shakur escreveu a ele detalhando o respeito que sentia pelo MC do Public Enemy. “Carta de Pac”, ele escreveu no Twitter. “Mas vocês tinham que ter visto a minha.”

Tupac Shakur ganha versão animada e fala sobre a vida e a morte: “Eu nunca fecho meus olhos”.

Shakur inicia a carta, escrita em setembro de 1995, explicando o quanto admirava o músico do Public Enemy e o quanto a carta de apoio de Chuck foi importante para ele. “Em turnê com você, aprendi muito sobre o que você faz e como você o faz”, escreveu Shakur. “Pode ser difícil de perceber, mas você tem uma importância muito grande no que eu faço hoje.”

Em seguida, Tupac oferece a Chuck oportunidades de colaborar com ele, citando um programa no qual queria incluir Chuck (apesar de não deixar claro o que seria o programa), e um papel em um filme. “Eu ficaria honrado se você participasse da quarta faixa do meu próximo álbum, Euthanasia”, escreveu. “A faixa se chama ‘Da Struggle Continuez’. Também contará com a participação de Sista Souljah, se Deus quiser. Me avise.”

Na época em que escreveu a carta, Shakur estava preso em Nova York depois de ser condenado em primeira instância por dois casos de assédio sexual por contato físico não consentido. Ele mencionou conseguir que a justiça o deixasse pagar fiança (ele tinha feito a apelação), e que esperava já estar em liberdade quando Chuck lesse a carta.

“Eu acabei de assinar com a Death Row, então devo trabalhar neste álbum em breve”, ele escreveu. “Mais uma vez, obrigado, Chuck! Acredito que possamos fazer a diferença, e tenho intenção de fazer exatamente isso. Continue firme!”

Shakur trocou o nome do seu quinto álbum para All Eyez on Me, que não contou com a participação de Chuck D ou de Sister Soujah. No mesmo ano, ele lançou sob o nome Makaveli o disco The Don Killuminati: The 7 Day Theory, que terminou dias antes de ser assassinado. Não se sabe se “Da Struggle Continuez” chegou a ser gravada. O rapper saiu da prisão menos de um mês após ter escrito a carta e morreu pouco menos de um ano depois.

Fonte:Rolling Stone Brasil

Guerrinha ataca de DJ . Ouça remix do Holger e leia entrevista

Molecada reunida costuma resultar em caos. Ainda bem, porque a multitude de referências e a pluralidade de sons são características essenciais do som do Dorgas, uma das revelações do rock carioca em 2011 e que trouxe uma variedade interessante de propostas também em 2012. Influências como Steve Reich e Steely Dan já estavam na cabeça dos caras, mas um deles resolveu desviar um pouco do caminho e se interessar por música eletrônica, indo atrás de sons de Theo Parrish, Ron Trent e selos como Nu Groove e Strictly Rhythm.

Gabriel Guerra, o Guerrinha, nunca foi muito a fim de seguir a trajetória clássica de quem gosta de eletrônica, se jogando nas pistas e entendendo a mecânica orgânica de música feita pra dançar. Música para se ouvir de fone de ouvido em casa – foi assim que Guerrinha lançou a série Finalzinho Chegando, pensada a partir de vários elementos da deep house em um projeto resumido por ele como “só eu, meus sintetizadores, órgãos, samples e sequenciadores”. Pouco depois, lançou De Rosinha Falsificado Para Feirinhas Cinzentas (Os Pequenos Tijolos Da House Music), seu primeiro EP de música eletrônica. Nesta sexta (15) ele lança aqui na Soma o seu primeiro remix oficial, para “Full of Life”, do Holger. O som deve entrar num disco de remixes do quinteto paulistano (que também planeja um EP só com novas composições de música eletrônica). Batemos um papo com ele, ainda em 2012, sobre eletrônica, raves, relações de mercado, influências e um desgosto curioso em relação ao dubstep.

Baixe a faixa aqui

Você lançou em 2011 seu primeiro EP de música eletrônica, De Rosinha Falsificado Para Feirinhas Cinzentas (Os Pequenos Tijolos Da House Music). Qual foi a sua ideia na hora de pensar nas duas faixas? Como foi esse processo?

Quando eu começci a série Finalzinho Chegando eram essas faixas de 6, 7 minutos, e elas tinham essas mudanças súbitas de estrutura. Eram faixas que não funcionavam para DJs ou para clubes, que são dois tipos de coisa que nunca fizeram parte do meu contexto. Se eu falar com 90% dos meus amigos sobre clubes ou música eletrônica (no sentido bate-estaca), eles vão fazer cara feia e me xingar. Então uma porrada de amigos meus gostaram da série Finalzinho Chegando muito pelo fato de ela não girar nesse contexto clássico de música eletrônica. Por mais que eu também não seja um apreciador nato desse tipo de noite e muito menos faça parte de uma cena de “DJs de house” aqui no Rio (como seria o caso dos rapazes Molotov21, como Bernardo Campos e Pedro Mezzonatto), sempre achei interessante trazer faixas de tipo 10 minutos, repetitivas, pedantemente-deep house para um público (leia-se: os meus amigos e as pessoas que gostam do Dorgas) que nunca iria sequer pensar em participar de algo assim. Foi esse o contexto desse EP.

Eu só comecei a ouvir deep house porque era algo que meus amigos jamais iriam dar a chance de escutar. É bom quando você começa a identificar essas políticas de contexto, e ver que musica não é algo tão fofolete/livre quanto a Madonna ou o Michael Jackson falam.

Como assim algo tão livre e fofolete?

Me refiro especificamente a “Black or White” do Michael Jackson e “Vogue” da Madonna . Ambas trazem essa mensagem positiva sobre música e respeito, coisas que a gente cresce ouvindo. Esse mercado passa a ideia de que todos os músicos são iguais, mas a verdade é que eles não são. Tudo se resume a relações de consumo.

E como você pensa o seu papel de músico e de pessoa que cria objetos de consumo dentro desse contexto?

É meio confuso, especialmente pra mim que produzo música em casa e moro com a minha mãe, então eu fico parecendo uma criança mimada. Mas quando chega no Dorgas, onde eu tenho que alugar estudio e o dinheiro que a gente ganha é o dinheiro que a gente gasta com a banda, existe uma especificação de onde esse valor é gasto e como esses valores de uso são relevantes para a transmissão e para o objeto (a música) em si.

Hoje em dia com a internet, que é o instrumento-mor de distribuição capitalista-globalizante, é muito fácil você ter acesso a qualquer tipo de som. Digo, eu não escutaria meus artistas favoritos de deep house se não fosse esse modelo de dominância.

Na verdade conheceríamos bem menos coisas mesmo, porque vários desses artistas mais jovens já trabalham com concepções musicais que usam como pressuposto o fato de que na internet é possível achar tudo. Muito menos gente conheceria um artista como o Nicolas Jaar, por exemplo, que vem de um contexto de fazer música em casa no computador e contar com a rede para disseminar esse material.

Acho parte importante do processo especificar nossa subordinação a esses modelos em vez de romantiza-los, que é o que quase todo produtor/músico faz. Mas é muito claro que quando você tem um modelo de dominância e existem culturas específicas, você cria esse conflito de interesse entre os dois e se formam mercados. O exemplo do Nicolas Jaar que você deu é um caso perfeito de musica que foi tagueada como house, mas ela nunca foi realmente introduzida para um publico “clássico” de house.

Se você tocasse algo tipo Todd Terry ou Ron Trent para um público que ouve Nicolas Jaar, a recepção seria estranha, independentemente de curtir ou não o som, porque essas ideia de “o que é house”, “o que é isso” são formadas por distribuição dominante e como elas funcionam mais em certas culturas do que propriamente no sentido musical.

#1 by Guerrinha

Mas todas essas denominações (IDM, dubstep, EDM, house, disco, techno) não precisam funcionar de uma maneira “pura”. É possível gostar de um set do Nicolas Jaar sendo alguém que predominantemente ouve indie-rock, assim como encontrar um roqueiro que curte muito o trabalho de um produtor de dubstep como o Rustie.

Sim, e eu não acho isso problemático. Não que eu queria dizer que produtores devem criar rótulos para si, mas acho que é sempre importante saber que você esta lidando com políticas de cenário/mercado, sempre. E quando as pessoas fazem música por “motivos musicais” é sempre estranho pra mim porque bate nessa ideia de tentar aplicar um “valor abstrato” onde sua musica não vai ser limitada por essas políticas.

Minha ex-namorada me passou para ouvir uma música do Nicolas Jaar. Ela é da mesma galera que eu, crescemos ouvindo Strokes e essas coisas. Ela ficou “você vai adorar isso”, e eu não gostei muito, não porque eu achei a música chata, mas a forma que ele se instala no meu público, nos meus amigos, é totalmente estranha porque minha relação com “house music” é diferente.

Diferente de que forma?

No sentido de que eu começei a fazer house exatamente porque era algo ao contrário ao que meus amigos iriam ouvir ou escutar, e grande parte dos DJs que eu ouço são negros, latinos, transgêneros. Se você pegar, a grande parte dos DJs de house no Rio de Janeiro e em São Paulo são brancos de classe média. Eu não sou diferente, apesar de como eu disse, nunca ter participado realmente de um circuito de “DJs de house”. Sempre foi uma coisa muito “rebelde sem causa”. Lembro que eu só formei o Dorgas porque os meus amigos começaram a ficar obcecados por indie rock e pior, guitarristas de blues, então eu me juntei com o Cassius, que era bolado com isso também e a gente fez um EP de três faixas, quase-instrumental, cheio de mudanças, virtuosismo e tal.

Quando a gente lançou, uma porrada de pessoas chamou a gente de post-rock/shoegaze/math-rock, e eu juro pra você que nunca tinha sequer escutado grande parte dessas bandas. A gente só queria deixar nossos amigos bolados.

Como você começou a curtir música eletrônica? O que você ouvia?

Meu primeiro contato com eletrônica veio com a minha irmã, Joana. Em 2008 ela estava morando em Londres e fui visitá-la. Lá conheci o pessoal da Secretsundaze, que é uma festa de house. Lembro que eu nem gostei da música, mas só a ideia de que eu estava andando com pessoas 10 anos mais velhas do que eu era legal. Lembro de tomar alguns MDMAs, eu tinha só 16 anos. Quando voltei para o Brasil, eu estava sem banda (a minha primeira banda, Garageiros do Abismo, terminou em 2008), e estava constantemente bolado com todas as outras bandas que existiam. Daí formei o Dorgas e começaram a falar sobre a gente ter algo de “eletrônico”. Eu achava isso um absurdo, porque a minha ideia de eletrônico era aquela de Londres. Então quanto mais pessoas desse meio indie vinham falar sobre eletrônico, mais eu percebi que a minha ideia de eletrônico era bem diferente da deles.

#6 by Guerrinha

E em rave, você já foi?

Já, mas ficava tocando psytrance. E você sabe que o publico de psytrance não é os dos mais interessantes. Entendo esse desgosto com música de pista e tal, que surge a partir desse pedantismo de achar que é só rolê de drogas ou de pegar mulher. Não que eu ache bacana um público chamar o outro de burro, mas acho interessante quando se criam esses obstáculos e limites. Fica uma forma mais interessante de se olhar como música funciona. É o momento perfeito que mostra a criação de um mercado.

De que forma?

No sentido de que elementos viram commodities, e o cenário se baseia em valores excedentes. Se eu for agora lá e lançar uma mixtape chamada CRAZY ASS CRAZY CATS BASSLINE HOUSE você pode ter certeza de que grande parte não vai gostar, e a que gostar vai ficar confusa.

Então fica uma coisa mais bacana de se trabalhar porque vira uma questão de como denotar essas politicas sem ter que ofender alguém. Quando eu lancei na TOC um EP de duas faixas com 12, 13 minutos, sendo grande parte delas com bumbo retão, bate-estaca, é obvio que isso é absurdamente estranho pra eles, e posso fazer isso sem ser ofensivo. Ainda acho que, junto ao valor “rebelde sem causa”, o valor “WTF” de um disco é bem importante

Como assim?

Porque ele vai bater, independente se você gostou ou não, lá aonde você se baseia como consumidor de musica. Quero dizer, se você ver uns caras que você despreza fazendo uma música que você gosta, sua relação não vai ser tão forte quanto com alguém que você admira fazendo algo que você gosta, não é?

Mas o valor “WTF” não esta relacionado com deixar as pessoas desconfortáveis, e sim denotar elas como consumidoras. E que elas têm suas preferencias que indicam valores, e que pelo amor de deus, música nunca tem um valor universal. Não acho que tenhamos que ficar tristes por isso, tem que se entender que essa “tirania da autenticidade/ criatividade” é que fode com a cabeça de geral. No fundo, se o Dorgas nunca é rotulado, e as pessoas chamam o de “criativo”, isso é só marketing pra mim. Digo isso e olha que eu não sou niilista ou algo do tipo, você tá falando com um garoto que tá comendo um macarrão preparado pela mamãe!

É só uma questão de análise de porque eu não estou ganhando dinheiro, mesmo que minha mãe e meus amigos insistam que eu tenha “talento” ou algo do tipo. E vale lembrar que, no Dorgas, eu toco só as teclas pretas do teclado, e nos meus projetos é quase tudo sampleado. Não tem nada de talento ai.

Depois que você voltou de Londres e começou com o Dorgas, o que você foi ouvindo e como foi esse processo de começar a produzir eletrônica?

Enquanto todas essas limitações sociais aconteciam na minha cabeça, eu fui atrás de produtores mais “puros” da deep house, como Ron Trent, Theo Parrish, DJ Sprinkles, Mike Huckaby, Todd Terry, selos como Nu Groove, Strictly Rhythm (fase pré 1991), na Itália tinha um selo chamado Calypso Records nos anos 90. Até hoje existe uma porrada de produtores de deep house que eu gosto mas todos eles são assim como eu, garotos brancos que adoram deep house mas nunca participaram de um contexto de clube. A Alemanha e Suíça têm alguns selos como Smallville e Drumpoet Community. Na Rússia tem também o Ethereal Sound.

A história dessa coisa chamada “house” sempre foi ligada a questões coisas raciais, gente pobre, sem grana, e eu como consumidor, sempre consumi isso com um alto teor de romantização, mas nunca pude produzir pensando assim porque era totalmente fora do meu contexto.

É uma história muito triste, e hoje em dia você tem coletâneas/sessões de loja de “classic house”, “classic disco” da mesma forma que existem coletâneas de “classic rock”. As pessoas romantizam essa história que de romântica não tinha nada, se você for analisar sociologicamente falando. Era basicamente uma história em que negros e gays e latinos e transgêneros eram esculachados por outras pessoas.

E ao mesmo tempo você tinha Madonna tocando “Vogue” (que o instrumental é de certa forma baseado em house) que tinha aquela parte da letra “It makes no difference if you’re black or white”, quando na verdade totalmente importava.

De Rosinha Falsificado Para Feirinhas Cinzentas (Os Pequenos Tijolos Da House Music) by Guerrinha

Mas aí acho que é uma análise da figura do DJ e do produtor, que funcionam com uma lógica diferente de dominância do que no discurso do rock, por exemplo. Eles queriam criar hinos porque isso é musica eletrônica. É a faixa, não o disco. É o selo, não álbum. Então acho que obviamente você entra nessa lógica, de criar algo “definitivo”.

Sim, eu sempre gostei desse modelo antiartístico da musica eletrônica porque é totalmente anti-rock, como seria o meu contexto. Uma das coisas que eu quero fazer quando acabar a série é abrir um selo e poder lançar uma porrada de musica com diferentes nomes.

Quais caras você curte muito e ouve? Dos antigões e dos novos?

Eu posso falar pra você que acho que 90% do que eu estou falando aqui é do que eu “estudei” d@ Terre Thaemlitz. Os textos del@ caíram num momento certo da minha vida. Eu estudo sociologia também, o que ajuda um pouco, então o que el@ estava falando fazia muito sentido com o que eu estudava. El@ usa também os codinomes de DJ Sprinkles e K-SHE.

O álbum do DJ Sprinkles, “Midtown 120 Blues” é uma critica NA FITA sobre a comercialização e co-optação da house com o mainstream e o esquecimento das estruturas sociais que envolviam. É o meu álbum favorito, sem pensar duas vezes, fez e ainda faz muito sentido. E foi bem mais fácil ler os textos da Terre do que ler Fredric Jameson.

E quando você resolveu que ia produzir eletrônica de fato?

Em 2011 o Verdeja (guitarrista do Dorgas) viajou pra Grécia, e a gente ficou um mês sem ensaiar, Eu fiz uma musica chamada “Geral Subestima A Avenida Republica do Chile”, que era basicamente 5, 6 minutos deu brincando com meu sintetizador em cima de uma batidinha dessas de pedaleira de guitarra. Na época eu achei uma bosta e dei a musica pra um curta que queria uma “musica exclusiva” do Dorgas pra lançar no curta, meti um caô.

Em outubro, eu consertei o meu computador e tentei dar uma chance, e como eu sabia que o Dorgas ia demorar pra lançar um disco e os meus amigos estavam constantemente mais interessados nessas coisas como Justice e Daft Punk que não me interessava muito, eu comecei a série.

No Finalzinho Chegando você comentou que fez mesmo pra tentar algo de house, e ainda nem manjava muito de mixar. E agora nesse EP, como foi o processo? O que você tinha na cabeça?

O processo foi que eu já meio que sabia com quem eu estava lidando (o selo TOC), enquanto que o primeiro Finalzinho Chegando eu não tinha a menor ideia como minha musica ia tomar forma pras outras pessoas – especialmente porque eu achava que meus amigos iam ficar bolados porque eu estava fazendo aquele tipo de música, mas eles gostaram.

Analisei o TOC um pouco antes de lançar e tentei ver como se encaixaria um lançamento meu dentro daquelas fronteiras/ políticas daquele selo. O Cadu Tenório (junto com o Thiago Miazzo, um dos fundadores do selo) é um grande amigo e eu não queria desmerecer o trabalho deles, mas queria saber como seria lançar um EP com duas faixas longas, repetitivas de straight-forward deep house cheio de dubiedade sexual em um selo que sempre tentou uma interferência física ou emocional com o ouvinte (o “desconforto” pro TOC é um elemento tratado como ouro pra eles). Afinal, é um selo de noise/doom/drone/.

Esses estilos sempre tentam confrontar você com som, e obviamente a relação som-humano é apolitica/asocial, todo mundo sente dor no ouvido ou fica incomodado com som alto por causa de razões fisicas né? Como seria lançar um EP de house music, que de confronto físico não tem nada, e especialmente o meu, que pelo que você já viu, preza tanto por contexto, estruturas sociais e noções politicas?

#4 by Guerrinha

O que mais você tava ouvindo quando fez o EP?

Existira esses selos nova-iorquinos (ou de Nova Jersey, não sei) que foram bem famosos, chamados Nu Groove e Strictly Rhythm. Eles são basicamente OS selos dos anos 90, e todo o meu equipamento é do inicio dos anos 90 (um dos motivos para isso é porque são baratissimos no Mercado Livre, afinal eles são os primórdios dos instrumentos digitais, raramente as pessoas tem o mesmo fetiche por eles que existe com os analógicos), então eu copiava essa batida extremamente pedante.

Vale lembrar que quando o assunto é Strictly Rhythm eu sou bem especifico, porque depois de 1993/94 eles começaram a lançar Armand Van Helden, vocal/diva house e umas coisas que eu não gosto tanto.

E outras coisas de eletrônica, o que você curte ouvir?

Eu não sei, quando vai para coisas como dub techno há algumas coisas que eu gosto como Brendan Moeller, o próprio Teleseen (do Gabriel Cyr, que produziu o disco do Dorgas), tem algumas coisinhas de techno. Ah, sim, ouço nu-disco/disco edit também, mas esse tipo de música tem tanta relação com house que eu conto como quase mesma coisa.

Por sinal, o meu disco favorito de 2012 é de um selo de dubstep chamado Black Acre. O Romare lançou esse disco chamado Medications On Afrocentrism, eu juro pra você que eu odeio dubstep, mas esse disco é tão baseado em samplear alguns contextos da história do afrocentrismo que ficou interessante, tipo, EU NUNCA IMAGINARIA que um produtor de dubstep pudesse trabalhar nesses termos.

Por que você odeia dubstep?

As festas de dubstep pra mim sempre foram os meus amigos metidos a macho atuando como se estivesse num show no Korn. Por mais que existam alguns produtores legais, os ambientes das festas de dubstep no Rio de Janeiro são nojentos. Você entra e tem jeito fazendo air guitar pro DJ! Eu fico imaginando como deve ser um produtor de dubstep hoje em dia, a qualquer momento você pode atrair o publico esperando pelo… “drop”.

#3 by Guerrinha

Fonte:SOMA

Novo Star Wars pode ser protagonizado por Luke Skywalker, princesa Leia e Han Solo

Um novo Star Wars, mas protagonizado pelos velhos conhecidos Luke Skywalker, princesa Leia e Han Solo, interpretados por Mark Hamill, Carrie Fisher e Harrison Ford, respectivamente. Foi o que noticiou o The Hollywood Reporter sobre o esperado novo episódio da franquia criada por George Lucas.

Dedo no botão de pause: dez cenas com erros, curiosidades e bizarrices escondidas que nos fazem parar e voltar mil vezes – veja a de Star Wars.

Esta postura, de centralizar o roteiro de Episódio VII nos personagens veteranos foi o que ocasionou a saída de Michael Arndt (Toy Story 3) da função de roteirista e a substituição dele pelo próprio diretor J.J. Abrams e Lawrence Kasdan, um experiente roteirista quando o assunto é Star Wars.

Galeria: O cinema e seus figurinos marcantes

Kasdan, que trabalhou no Episódio VII como consultor, estourou com o roteiro de Indiana Jones e Os Caçadores da Arca Perdida e, posteriormente, foi chamado por George Lucas para co-escrever o roteiro de O Império Contra-Ataca e .

Arquivo RS: em 1983, George Lucas estava às voltas com O Retorno de Jedi, desfecho da primeira trilogia Star Wars. Ele já se preocupava com o futuro da saga e como aproveitaria o tempo livre quando deixasse essa história para trás.

De acordo com o blog Heat Vision, do site THR, Arndt gostaria que os herdeiros de Luke, Leia e Han fossem os protagonistas desta nova aventura logo no primeiro episódio. O atrito gerado pelas ideias conflitantes causou a sua saída do roteirista e aponta, segundo a fonte do blog, para a centralização nos antigos personagens.

Decodificando o drama dos roteiristas de Star Wars.

O texto afirma que, desta forma, o público “terá mais uma chance de aproveitar [os personagens] antes que eles saiam de cena”. “Os novos personagens vão crescer, mas, neste primeiro filme, eles serão coadjuvantes. No episódio VII e IX, eles irão para o centro da ação.”

Dez atores que ficaram marcados por um só personagem

Por conta da troca de roteiristas, a primeira fase da nova trilogia de Star Wars teve a estreia adiada, mas manteve-se em 2015: agora o filme chega aos cinemas norte-americanos no dia 18 de dezembro.

Fonte:Rolling Stone Brasil

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