Comic Con Experience: Jason Momoa, de Game of Thrones, rouba a cena em dia de novidades da animação

Quem vê o impiedoso Khal Drogo, da série Game of Thrones, ordenando a morte de seus inimigos, matando os desafetos com requintes de crueldade e estuprando sua parceira, mal imagina o quão engraçado é o seu intérprete, o ator Jason Momoa. Ele deu um show de carisma na tarde deste sábado, 6, quando participou do painel “Crônicas de Game of Thrones”, na Comic Con Experience.

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“Primeiramente eu gostaria de parabenizá-lo por esse corpo maravilhoso”, disse um fã ao microfone, para delírio do público presente. “Como ficar com o físico do The Rock [o ator Dwayne Johnson, conhecido por ser uma das celebridades mais musculosas da atualidade]?”, completou, em um momento em que a sessão de perguntas e respostas pegava fogo por conta das piadas de Momoa. “Coma mais carne, transe bastante”, respondeu o astro de Game of Thrones em tom de brincadeira.

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Realmente, o porte avantajado do ator impressiona. Com 1m93, barba espessa, cabelo comprido preso e óculos escuros, ele subiu ao palco como se fosse um astro do rock. Vestindo um lenço gaúcho, Momoa se disse apaixonado pela churrascaria Fogo de Chão e que não via a hora do evento acabar para voltar a comer uma bela peça de carne no restaurante. “Gaucho for life”, escreveu o ator em legenda de uma de suas fotos no Instagram.

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“Chorei muito quando você morreu [na série] e xinguei muito na internet”, disse outra fã. Para surpresa de todos, Momoa desceu do palco e deu um abraço amoroso na garota. Naquele momento, o ator já tinha conquistado todo o público presente no disputado painel (mesmo com os 2.000 lugares do “Auditório Thunder”, muita gente ficou de fora por conta do alto interesse no bate-papo com o astro).

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O brasileiro Lino Facioli, que interpreta Robin Arryn na série, se juntou a Momoa no meio do painel. Facioli, de apenas 14 anos, contou que tem poucas lembranças da infância em Ribeirão Preto (o ator se mudou com os pais para Londres quando ainda era muito pequeno) e arrancou risadas da plateia quando começou a responder em português a uma pergunta, sendo que precisava falar em inglês (em consideração a Momoa, que também estava no bate-papo).

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Sean Astin e Brad Dourif
Os atores de O Senhor dos Anéis Sean Astin e Brad Dourif, intérpretes de Sam Gamgee e Grima Língua-de-Cobra, respectivamente, também estavam presentes na Comic Con Experience, como participantes do painel “Lembranças da Terra-Média”.

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Astin não poupou elogios ao diretor Peter Jackson. “No set, ele se colocava no papel de todos os atores. Ele sabia o que queria mostrar”. Ainda relembrou com bom humor dos momentos que considera um dos mais engraçados da gravação da trilogia, quando o ator Christopher Lee (Saruman) tropeçava na barra de sua própria roupa e ele não conseguia parar de rir.

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Pixar
A Pixar provou que segue como a empresa mais amada no mundo da animação. Somente a aparição do logo da companhia no telão foi suficiente para deixar o enorme público presente no painel “A Divertida Mente da Pixar” completamente maluco.

Jim Morris, novo presidente da Pixar e produtor de sucessos como Ratatouille e Wall-E, apresentou em primeira mão para o público brasileiro os minutos iniciais de Divertida Mente, filme que estreia apenas em julho de 2015. A reação positiva da plateia é sinal de que a produção será mais um sucesso da companhia.

Divertida Mente se passa dentro da cabeça de uma garota e os personagens principais são figuras que vivem lá, comandando as reações dela em situações cotidianas. Raiva, Medo, Alegria, Nojinho e Tristeza têm tudo para ser os novos queridinhos das crianças no próximo verão norte-americano. Morris contou que a ideia do diretor, Pete Docter, veio quando observava o comportamento de sua própria filha, que era muito alegre até os 12 anos e depois virou uma pessoa emburrada.

No fim, ainda brindou a platéia com o novo curta da companhia, Lava, que será exibido antes de Divertida Mente nos cinemas. Como tudo da produtora, é um trabalho rico em poesia e visualmente impressionante.

Operação Big Hero
Outro filme que foi apresentado em primeira mão para o público da Comic Con Experience foi Operação Big Hero, o primeiro longa da Disney inspirado nos quadrinhos da Marvel Comics. O diretor Don Hall e o produtor Roy Conli contaram sobre o processo de criação e as referências visuais do filme. Clássicos como Blade Runner, o Caçador de Andróides e Akira foram citados como inspiração (bastante perceptível) em Operação Big Hero. O filme estreia nos cinemas brasileiros no dia 25 de dezembro.

Fonte:Rolling Stone Brasil

Stevie Wonder e Jason Mraz esbanjam amor em noite festiva em São Paulo

O amor esteve no ar durante quase toda a ensolarada tarde e agradável noite deste sábado, 14, durante o Circuito Banco do Brasil, festival itinerante que chegou ao fim em São Paulo, no Campo de Marte, após passar por Salvador, Curitiba, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Brasília. Stevie Wonder e Jason Mraz, ainda que venham de escolas musicais bem distantes, bebem de uma fonte em comum: canções encharcadas de versos apaixonados e ternos.

No início da tarde, contudo, ainda que as músicas apaixonadas estivessem presentes, vide o repertório de Marcelo Jeneci, o sol foi o protagonista. O amplo Campo de Marte, localizado na zona norte da capital paulista, não funciona bem para este tipo de evento, quando o astro está lá no alto e o calor vai às alturas. “É bom que o sol tá pegando a gente aqui também, assim, partilhamos desta quentura”, disse Jeneci, em dado momento do show. Já o Capital Inicial, atração que veio em seguida, reclamou levemente do horário da performance, iniciada às 17h (ou às 16h, se não fosse o horário de verão). “Nós estamos acostumados a tocar à noite. Somos vampiros”, brincou o vocalista Dinho Ouro Preto.

Com exceção disso, o festival correu com calma e tranquilidade incomuns. Filas para comes e bebes? Que nada! Banheiros razoavelmente acessíveis – ainda que fosse aconselhável não pretender usá-los no intervalo entre um show e outro. As performances também não atrasaram tanto como de costume, ainda que o leve atraso tenha ocasionado um momento constrangedor. O festival montou dois palcos no Campo de Marte, mas não os usou de forma alternada. Depois de Marcelo Jeneci, no palco Brasil, o secundário, os shows de Capital Inicial, Paralamas do Sucesso e Jason Mraz ocorreram no palco Circuito. Com um pequeno atraso para o início do grupo de Herbert Vianna, cerca de 20 minutos, toda a programação sofreu.

Com isso, quando Criolo subiu ao palco Brasil, como segunda e última atração a passar por lá, quatro horas após o fim da apresentação de Marcelo Jeneci, ele tinha pouquíssimo tempo. Pontualmente às 21h, a atração maior do evento, Stevie Wonder, deu início à performance final, enquanto Criolo e companhia ainda estavam no palco, executando “Bogotá”, faixa do disco que o levou ao estrelato, Nó na Orelha. O som vazou muito de um palco para o outro, incomodando fãs de ambas as turmas. Visivelmente constrangido, Daniel Ganjaman, produtor e espécie de maestro que rege o estrelado time que acompanha o rapper pediu desculpas por ter interferido no show de Stevie.

Música e skate
Enquanto as bandas tocavam, acontecia a última etapa do campeonato de skate vertival que acompanha o festival. A pista, montada do lado esquerdo do palco principal, o Circuito, que só começou a ser usado a partir das 17h, acabou isolada de todo o resto do evento. A competição chegou a ser lembrada por Dinho Ouro Preto, do Capital Inicial, ao pedir para que o público fosse conferir as manobras dos esportistas, mas as baterias já haviam sido encarradas e o vencedor, conhecido.

Marcelo Jeneci subiu ao palco Brasil pontualmente às 16h, após a banda BlackPipe, vencedora do concurso Som Pra Todos. E fez uma apresentação corajosa para um festival. Ao invés de executar os hits do celebrado álbum de estreia, Feito Pra Acabar (2010), o músico preferiu dar espaço para as canções do segundo trabalho, lançado há poucos meses, De Graça. Quem ganhou foi o evento, que acabou se tornando a estreia deste repertório em território paulista – a turnê fará o debute oficial no Sesc Pompeia, em janeiro de 2014.

“Um de Nós”, “O Melhor da Vida”, “Tudo Bem, Tanto Faz”, “Sorriso Madeira” e “De Graça”, algumas das canções executadas durante a apresentação, trouxeram um experimentalismo único ao festival, principalmente com os solos de Jeneci nos teclados e sintetizadores. “Eu adoro esses barulhos”, brincou Jeneci, visivelmente animado. “É muito bom tocar em casa”, completou o paulistano.

Nascido na efervescente Brasília da década de 80, o Capital Inicial também fez questão de exaltar São Paulo, cidade que acolheu a banda quando o grupo decidiu deixar a capital federal do país. “É aqui que temos o nosso público mais fiel”, disse o falante vocalista Dinho Ouro Preto. O grupo também fez outras homenagens, como ao Aborto Elétrico, banda que originou o Capital e a Legião Urbana, com “Fátima” e “Veraneio Vascaína”, e ao “punk rock de Brasília”, como anunciou Dinho, antes e executar “Mulher de Fases”, do Raimundos.

Ao contrário de Jeneci, Capital – e, posteriormente, o Paralamas do Sucesso – optou por uma apresentação mais conservadora, com mais espaço para hits do que para canções novas. No caso da banda brasilense, a novidade ficou por conta de “O Lado Escuro da Lua”, uma balada cujo título homenageia o disco do Pink Floyd The Dark Side of the Moon, e “O Cristo Redentor”, ambas do mais recente trabalho, Saturno.

Ainda que não tenha surpresas, a apresentação do Paralamas do Sucesso foi competente ao extremo ao colocar para dançar o público presente – 17 mil, de acordo com a produção do evento. Reggae, ska e os ótimos versos de Herbert Vianna garantiram momentos divertidos. “Óculos”, “Meu Erro”, “Lanterna dos Afogados”, “Ela Disse Adeus”, “Aonde Quer Que Eu Vá” fizeram até os ambulantes que vendiam cervejas e cachorros-quentes dançarem enquanto passeavam pelo público.

Já Jason Mraz tinha um público muito específico e interessado nas suas baladas de amor ao violão. Já longe de ser o preferido entre os vendedores ambulantes, ele arrematou os momentos de maior coro da noite, principalmente com as baladas “Lucky”e “I’m Yours”. Casais se abraçaram cheios de ternura, com direito a versos sussurrados aos ouvidos.

De boné, Mraz faz o tipo bom moço ao violão, disparando sorrisos e algumas frases tradicionais em português. Dedicou uma música às mulheres, “The Women I Love”, arriscou alguns versos de “Mas que Nada”, de Sergio Mendes, e ainda emendou o reggae “Three Little Birds”.

Ainda antes de Stevie Wonder, Criolo voltou a dar vida ao palco Brasil. Assim que a apresentação de Mraz acabou, as caixas de som retumbaram com a risada maquiavélica de DJ Dandan, fiel escudeiro do rapper do Grajaú. Competente como sempre, a banda de Criolo deu um show de maestria ao passear pela sonoridade sortida que alavancou a carreira do músico, com o disco Nó na Orelha.

Criolo esteve mais contido do que o costume e discursou pouco ao microfone. Contudo, fosse na mais nova canção da safra dele, “Duas de Cinco”, ou na antiga “É o Teste”, tirada disco de estreia Ainda Há Tempo, o rapper exibiu o costumeiro vigor, pulando, gesticulando e regendo o público. O show ainda contou com os clássicos do Nó na Orelha, como “Freguês da Meia Noite”, “Não Existe Amor em SP”, “Lion Man”, “Grajauex” e “Linha de Frente”.

Noite do mestre
O rapper ainda estava no palco quando Stevie surgiu, do outro lado do Campo de Marte. Com uma versão estendida de “How Sweet It Is”, o músico deu tempo para que o público se aproximasse da última atração da noite – isso, nos palcos, porque a música eletrônica daria continuidade ao festival para os mais animados, com MYNC e Mario Fischetti. “Master Blaster” e “As If You Read My Mind” vieram na sequência.

O norte-americano também fez suas homenagens. Assim como Jeneci, escolheu o líder sul-africano Nelson Mandela, que morreu recentemente, aos 95 anos, para ser celebrado – Jeneci, ao final da sua performance, no início da tarde, repetiu o nome do político. “Keep Our Love Alive”, cuja letra funcionava para que o público atentasse ao apartheid que ocorria na África do Sul, foi a outra escolha óbvia para a homenagem a Mandela. Durante toda a música, imagens do líder foram exibidas no telão.

Os grandes hits não demoraram a chegar. E vieram aos punhados. A começar por “I Just Called to Say I Love You”, “Higher Ground” e “Overjoyed”, que despertaram o público presente – a frente do palco Circuito dava a impressão de estar mais vazia do que quando Jason Mraz passou por lá horas antes.

Stevie, que passou pelo Brasil com frequência nos últimos anos, mostrou a boa forma de sempre. Tanto a voz, ainda doce e capaz de atingir agudos impressionantes, quanto na facilidade de reger banda e plateia. Em várias ocasiões, durante a performance, ele pediu para que o público cantasse com ele e realizasse improvisos.

Vieram “Ribbon In The Sky” e “Sunshine of my Life”. A lista de hits do cantor e compositor que já vendeu 100 milhões de discos é extensa. “Isn’t She Lovely” e “I Just Called” também funcionaram como trilha sonora para os casais apaixonados trocarem mais abraços. Com a emocionante “Sir Duke” e “Superstition”, o mestre do funk e soul despediu-se do público paulistano. Desejando muito amor, é claro.

Fonte:Rolling Stone Brasil

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