Grammy 2015: músicos escolhem seus candidatos favoritos nas principais categorias
É o ano da Iggy Azalea ou Sam Smith pode surpreender? Quem fez o melhor rock, Beck ou U2? E podemos contar com Taylor Swift, certo? O painel de especialistas da Rolling Stone EUA fala sobre os indicados ao prêmio e contam quais artistas devem vencer nas categorias mais importantes.
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Este ano, Wayne Coyne (líder do The Flaming Lips), Patrick Carney (baterista do The Black Keys), a cantora Charli XCX e o cantor Eric Church dão opiniões deles sobre os concorrentes ao Grammy 2015 nas categorias Álbum do Ano, Gravação do Ano, Melhor Álbum de Rock e Melhor Álbum de Rap.
A cerimônia de entrega dos prêmios Grammy 2015, que terá shows de Lady Gaga, Madonna e Sam Smith, acontece em 8 de fevereiro, em Los Angeles, nos Estados Unidos.
ÁLBUM DO ANO
Beck, Morning Phase
Beyoncé, Beyoncé
Ed Sheeran, X
Sam Smith, In the Lonely Hour
Pharrell Williams, Girl

Eric Church: Esta é uma categoria extremamente forte. Gosto do disco de Ed Sheeran, mas vou de Beck, com Morning Phase, pela atmosfera, autenticidade e consistência dele.
Crítica: Beyoncé – Beyoncé.
Charli XCX: Sam Smith ganha. O disco dele é extremamente universal e eu acho que ele merece muito ser reconhecido por isso – é clássico, mas sem deixar de ser pop.
Patrick Carney: Vou de Beck. Sou fã dele desde o colegial. Devo ter visto o Odelay ao vivo umas três ou quatro vezes.
Crítica: Beck – Morning Phase.
Quem deveria ganhar: Um ano depois que o lançamento nada ortodoxo de Beyoncé surpreendeu o mundo, o triunfo pop da cantora continua a nos maravilhar.
GRAVAÇÃO DO ANO
Iggy Azalea com Charli XCX, “Fancy”
Sam Smith, “Stay With Me (Darkchild Version)”
Sia, “Chandelier”
Taylor Swift, “Shake It Off”
Meghan Trainor, “All About That Bass”
Charli XCX: Obviamente, seria legal que eu mesma ganhasse, mas, como ouvinte, “Chandelier” me deixou maluca. As melodias são tão intricadas. E a voz de Sia é incrível.
Patrick Carney: Sia, sem dúvidas. Esta é uma das mais pegajosas do ano.
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Eric Church: “All About That Bass” foi uma grande gravação, mas não consigo ver outra vencedora que não seja Taylor nesta categoria. Ela desponta muito na frente do resto. “Shake It Off” é “chiclete”.
Wayne Coyne: Só ouvi “Fancy” por acidente, mas gostei dela. Não parece muito rap, é mais pop.
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Quem deveria ganhar: Esta categoria Taylor não pode perder. “Shake It Off” tem, de longe, o refrão mais cantado em todo o ano de 2014. Admita, de vez em quando você ainda cantarola ele para si mesmo.
MELHOR ÁLBUM DE ROCK
Tom Petty and the Heartbreakers, Hypnotic Eye
The Black Keys, Turn Blue
U2, Songs of Innocence
Beck, Morning Phase
Ryan Adams, Ryan Adams

Eric Church: Bem, já disse que acho que Beck fez o melhor álbum do ano. Mas, levando em conta o estado do rock, Turn Blue foi um desvio para o Black Keys, então estou com eles. É mais sombrio e mais esquisito, em um bom sentido. Eu valorizo isso. Chegou a dar a impressão de que o disco foi a terapia deles.
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Wayne Coyne: Se alguém vai até lá para levar o Grammy de Melhor Álbum de Rock, digo que essa pessoa tem que ser Tom Petty. Ele é bacana, apoia as coisas certas e ama música. E o último disco dele é bem legal, assim como os outros. Ele já deve ter ganhado uns 20 prêmios Grammy, mas vamos dar-lhe mais um.
Charli XCX: Gosto muito do que Beck faz. Ouvi bastante as músicas dele nos últimos anos e acho que ele faz canções muito legais e cativantes.
Crítica: Jack White – Lazaretto.
Quem deveria ganhar: Em uma categoria forte, U2 aparece como a banda que mais merece o Grammy depois de explorar uma nova e valiosa veia de inspiração para Songs of Innocence.
MELHOR ÁLBUM DE RAP
Iggy Azalea, The New Classic
Childish Gambino, Because the Internet
Common, Nobody’s Smiling
Eminem, The Marshall Mathers LP 2
Schoolboy Q, Oxymoron
Wiz Khalifa, Blacc Hollywood

Charli XCX: Ouvi, recentemente, o disco do Childish Gambino durante um voo e fiquei muito ligada nele. Ele é um grande rapper e o álbum dele tem uma sensação muito boa.
Patrick Carney: Curto Schoolboy Q, mas acho que vou dar meu voto para Wiz Khalifa. O conheci há alguns anos e ele acabou de se divorciar. Ele está tendo um ano difícil.
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Eric Church: Sou um filho dos anos 1990, então sempre amei Eminem e o considero um poeta. Mas Iggy Azalea parece que pulou do rádio para mim. Muito do rap parece estar se tornando um pouco previsível, mas o disco dela é refrescante.
Wayne Coyne: Gosto do Common e minha amiga Miley Cyrus me diz que gosta de Childish Gambino. Mas, se me perguntar o vencedor, ele é Schoolboy Q. Ele se diverte fazendo isso. Para mim, ele parece estar na categoria de “Só quero fazer sexo o tempo inteiro”. Talvez isso ofenda alumas pessoas, mas eu só acho que: “Ei, pessoal. Vamos nos divertir, sabe?”.
Crítica: Eminem – The Marshall Mathers LP 2.
Quem deveria ganhar: O novo passeio de Schoolboy Q pelo rap gangsta da costa oeste foi um ponto alto do ano.
Fonte:Rolling Stone Brasil
Stevie Wonder será homenageado pelo Grammy em 2015
O cantor Stevie Wonder ganhará uma homenagem feita pela próxima edição – a 57ª – do Grammy. O tributo terá duas horas de duração e será transmitido pelo canal norte-americano CBS em 16 de fevereiro, oito dias após a cerimônia de entrega da premiação, que acontece no dia 8.
Conheça os indicados ao Grammy de Melhor Música de Rock.
Aos 64 anos, Stevie Wonder é dono de 25 prêmios Grammy, sendo três deles de Álbum do Ano – em 1974, 1975 e 1977. O show em homenagem a ele, intitulado Stevie Wonder: Songs in the key of life – An All-Star Grammy Salute será gravado em 10 de fevereiro, e ainda não teve a lista de músicos participantes divulgada.
Veja quais foram os artistas mais ouvidos no Brasil em 2014 pelo Spotify
O Grammy de 2015 tem Sam Smith e Beyoncé como os artistas com mais indicações. Ambos concorrem à categoria Álbum do Ano junto à Beck (com Morning Phase), Pharrell Williams (G I R L) e Ed Sheeran (x) – veja a lista completa aqui.
Fonte:Rolling Stone Brasil
Ney Matogrosso fala sobre homenagem no Grammy Latino: “Fiquei emocionado, mas o prêmio não vai mudar a minha vida”
Ney Matogrosso é um dos artistas em atividade mais cultuados do Brasil. São 71 anos de vida, mais de quatro décadas de carreira e 21 álbuns solo de estúdio. Do início revolucionário, quando foi membro do grupo Secos & Molhados, ao lançamento do DVD Atento aos Sinais – Ao Vivo, que chega às lojas em novembro, Ney sempre foi um artista inigualável. Por isso, ele receberá na noite desta quarta-feira, 18, durante uma cerimônia na 15° Edição do Grammy Latino, o prêmio especial pelo conjunto da obra.
“Logo vi que ali dentro a homossexualidade não era um tabu”, diz Ney Matogrosso sobre período na Aeronáutica.
“Na falar a verdade, eu fiquei surpreso ao saber que receberia essa estatueta”, conta Ney Matogrosso em entrevista à revista Rolling Stone Brasil. “Eu não fazia ideia de que eles estavam de olho no meu trabalho por lá. Talvez eu tenha pensado isso pelo fato de o Brasil parecer um país à margem da América Latina e eu não achei que a organização do Grammy estivesse de olho nas coisas que estou fazendo por aqui.”
Apesar de estar extremamente contente com o prêmio, Ney acredita que a honraria não repercutirá no Brasil. “Eu fiquei muito feliz. Mas eu acho que no Brasil um prêmio como esse não muda nada na vida do artista. Nos Estados Unidos ou na Europa, se uma pessoa ganha um Grammy, a carreira dela melhora em alguns sentidos. Mas por aqui não”. “Há algum tempo eu tenho observado isso”, explica o músico, antes de completar: “O prêmio não mudou a vida da maioria dos artistas nacionais que o ganhou e também não vai mudar a minha. Mas, mesmo assim, eu estou feliz”.
Ney Matogrosso, um homem sexual.
Ney Matogrosso acredita que o lançamento do disco Atento aos Sinais (2013) o colocou novamente sob os holofotes. “Eu acho que esse disco me trouxe um grande reconhecimento. Eu não sou um artistas que ganha muitos prêmios, mas recebi muitas indicações por esse trabalho. Ela foi lançado no ano em que completei 40 anos de carreira e esse reconhecimento todo encerra um ciclo de forma gloriosa. Sou um artista muito feliz e realizado.”
Sobre o CD e DVD Atento aos Sinais – Ao Vivo.
Dirigido por Felipe Nepomuceno, o trabalho registra o show que estreou em fevereiro de 2013 e rodou o país. O registro em vídeo é uma reprodução fiel do que os milhares de fãs que foram às apresentações da turnê tiveram oportunidade de vivenciar. No palco, Ney Matogrosso é um artista completo: com uma voz incomparável, uma dança freneticamente sensual e, sobretudo, o amor pela profissão.
“Eu tenho muito tesão pelo o que eu faço. Sou casado com o meu trabalho e acho que quando estou lá em cima, de frente para o público, isso fica muito claro. Eu só tive noção de como eu sou no palco ao ver essas imagens. Quando eu assisti o DVD pela primeira vez em eu fiquei um pouco assustado e pensei ‘nossa, quanta sexualidade’. Mas depois eu refleti e conclui ‘eu sou assim mesmo, não tenho motivos para esconder esse meu lado’.”
Após turnê, Ney Matogrosso lança disco e aposta em repertório de novos compositores.
Atento aos Sinais também mostra um Ney que está de olho nas novas gerações. O registro conta com compositores como Rafael Rocha (“Samba do Blackberry”, em parceria com Alberto Continentino), Dani Black (“Oração”) e Criolo (“Freguês da meia-noite”). O rapper paulista, contudo, parecer ser o preferido do cantor. “Eu gosto muito do Criolo. Ele é um grande artista e um grande compositor. Acho que temos muitas semelhanças e talvez isso tenha nos aproximado”, explica. “Eu comprei o primeiro disco dele, o Nó na Orelha, e fiquei encantado. Eu o ouvi diversas vezes e, então, decidi gravar uma versão de “Freguês da meia-noite”. Durante os shows, essa é uma das músicas mais aplaudidas. A reação da público ao conteúdo é sempre impressionante”, finaliza.
Fonte:Rolling Stone Brasil