“A Barra da Tijuca é meu Twin Peaks”, diz diretora do promissor Mate-me Por Favor

Corpos começam a ser achados em um de muitos terrenos baldios de um bairro quase distópico, onde se vive confinado e os donos das ruas são os automóveis. Há sangue, mas tudo é roxo, rosa e azul. Adolescentes perambulam pelas cenas do delito livres e desimpedidas, porquê se vivessem em um universo paralelo.

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Mate-me Por Favor é o primeiro e já promissor longa-metragem da diretora brasileira Anita Rocha da Silveira. Selecionado para a Mostra Internacional de Cinema de Veneza e vencedor de dois prêmios no Festival do Rio – um deles de Melhor Diretora –, o filme é ousado.

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“[Filme de jovem] normalmente é um filme que trata o jovem porquê estúpido”, define com sinceridade a diretora em entrevista à Rolling Stone Brasil. “Queria fazer um pouco que um jovem pudesse ver tendo uma reação dissemelhante, que se espelhasse.”

Anita inova na mensagem de Mate-me Por Favor, explorando polêmicos símbolos cariocas porquê o bairro da Barra da Tijuca e o funk junto com sexualidade, homossexualismo e religião. E também inova na forma. “David Lynch é um dos meus cineastas favoritos. E me inspirei em alguma coisa que ele fez muito muito feito tanto em Twin Peaks porquê em Veludo Azul: trabalhar com um universo fechado e mútuo, fabricar um espaço que de evidente modo pode se assemelhar à vida porquê ela é e exagerar no tom, aumentar o volume. Lynch trabalha o terror com traços de humor também e de claro modo me inspirei nisso.”

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“Para mim a Barra da Tijuca é porquê se fosse meu Twin Peaks”, define a cineasta sobre a série de sucesso dos anos 1990. “Peguei a Barra e mudei certos tons. A paisagem é muito interessante, esse contraste entre esses condomínios altos, esses carros em pistas largas, shopping gigantescos, terrenos ainda com mato esperando serem usados nessa doideira da especulação imobiliária do Rio. Acho muito instigante.”

Sem prazo para estrear em giro mercantil, por enquanto o longa só tem a resposta dos críticos (adultos), bastante positiva, por sinal. Anita diz não imaginar qual público se interessará mais pelo seu filme, mas o convívio com as quatro protagonistas lhe dá a sensação de que sua aposta pode ter sido certeira.

“A grande mudança dessa geração para a minha é que eles são muito mais abertos”, exemplifica a diretora. Ela usa porquê referência o quarteto de atrizes Valentina Herszage, Dora Freind, Julia Roliz e Mari Oliveira, hoje (dois anos depois das filmagens) na fita dos 16 aos 18 anos.

Homossexualismo, por exemplo, em nenhum momento foi um tabu para Valentina, vencedora do prêmio de Melhor Atriz do Festival do Rio e assim porquê as demais companheiras, estreante nas telonas. “Para ela foi tranquilo. ‘Ok, agora ósculo uma moça, ósculo um menino, entro no elevador e caminho na rua’. Eu estava mais preocupada do que ela.”

Anita já tem planos para o segundo longa, que também deve ser estrelado por mulheres, agora de uma fita etária mais elevada. Mate-me Por Favor poderá ser visto na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo entre 24/10 e 2/11.

Veja as datas de exibição de Mate-me Por Favor na Mostra de SP:

24 de outubro (sábado), às 20h45 – Reserva Cultural
26 de outubro (segunda-feira), às 16h – Espaço Itaú Frei Caneca
2 de novembro (segunda-feira), às 17h – Espaço Itaú Frei Caneca

Fonte:Rolling Stone Brasil

Diretora de Que Horas Ela Volta?, Anna Muylaert participa de bate-papo em São Paulo

Celebrado pela sátira, Que horas ela volta? chega aos cinemas brasileiros com prêmios dos festivais de Sundance e Berlim na bagagem. S longa, que estreou em giro mercantil na última quinta, 27, vai lucrar uma sessão peculiar seguida de debate com a diretora Anna Muylaert na próxima quarta-feira, 2, no cinema Caixa Belas Artes, em São Paulo.

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Segundo a cineasta, o roteiro demorou murado de duas décadas para permanecer pronto, ela afirma que a teoria surgiu em 1995, com o promanação do primeiro fruto. “S chamado para maternidade para mim foi muito poderoso. Eu senti que o trabalho da mãe não era somente muito importante, porquê era sagrado. Mas ao mesmo tempo senti que esse era um trabalho desvalorizado na nossa cultura”, pondera Anna.

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“No meu contexto social o prática era entregar o desvelo quotidiano dos filhos para babás, cujos salários eram baixos. E muitas vezes essas mulheres eram obrigadas a deixar seus filhos com outras pessoas para poder trabalhar. Senti que na figura da babá estavam contidos vários paradoxos”, afirma a diretora.

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Na trama, Val (Regina Casé) é uma nordestina que deixa a filha em Pernambuco para trabalhar porquê babá numa família de classe subida em São Paulo. Treze anos mais tarde, ela tornou-se uma segunda mãe para o menino Fabinho. S enredo do do longa se inicia no momento em que Jéssica, filha da protagonista, vai para São Paulo prestar vestibular.

Sessão de Que Horas Ela Volta? e conversa com Anna Muylaert
2 de setembro, quarta-feira, às 18h50
Caixa Belas Artes – Rua da Consolação, 2423 – Consolação, São Paulo
Ingressos: R$ 24 (há meia-ingressão)
Informações: www.ingresso.com.br

Fonte:Rolling Stone Brasil

The Babadook: entenda como uma diretora pouco conhecida fez um dos filmes mais assustadores em anos

A cineasta australiana Jennifer Kent (Babe – O Porquinho Atrapalhado na Cidade ) passou anos tentando fazer decolar vários filmes “estranhos e ambiciosos”. Mas, finalmente, ela tirou a sorte grande com The Babadook, um longa-metragem do gênero terror tão assustador que William Friedkin, diretor do clássico O Exorcista, classificou o título como a produção mais apavorante que já assistiu.

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Kent baseou The Babadook em Monster, curta-metragem lançado por ela em 2005, que conta a história de uma mãe que defende o filho de um bicho-papão. A diretora batizou a criatura com um nome derivado de um conto popular sérvio e juntou terror e melodrama maternal para criar uma fábula obscura enraizada na ansiedade da vida real.

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No filme, uma mãe atarantada que cria os filhos sozinha (interpretada por Essie Davis) é levada à loucura por um filho desobediente, obcecado em construir armas para destruir o monstro que, segundo ele, fugiu do livro. “A gente começa a perceber: ‘Ai meu Deus, o menino tinha razão’”, diz Kent. “Achei que o filme seria muito criticado por causa das falhas óbvias dela como mãe. Mas isso serviu para que muitas mulheres pudessem, simplesmente, enxergar um ser humano ali. Isso não se vê com muita frequência.”

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Com Essie Davis (A Lenda dos Guardiões), Daniel Henshall (As Horas Finais) e Noah Wiseman (The Gift), The Babadook ainda não tem data de estreia definida no Brasil.

Veja o trailer abaixo:

Fonte:Rolling Stone Brasil

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