Philip Seymour Hoffman fala sobre morte e felicidade em entrevista animada
“A meditação está, sinceramente, chegando à beira da morte e dizendo: ‘Estou aqui, estou assustado, isto é a vida’”, disse Philip Seymour Hoffman, em uma entrevista de 2012 que a PBS transformou em animação recentemente. “Se você realmente consegue viver assim [em meditação], então é isso que acontece. Aprender a morrer é, portanto, aprender a viver”.
Diários de Philip Seymour Hoffman revelam luta contra “demônios” interiores e drogas.
Hoffman cedeu a entrevista, que foi conduzida por Simon Critchley no Rubin Museum of Art de Nova York, apenas um ano antes de morrer, e os assuntos abordados foram profundos – mas PBS a animou como parte da série Bank on Blank de maneira caprichosa. Hoffman descreveu a relação ácida com o conceito de “prazer”, e as épocas em que se sentia feliz (com os filhos) e porque ele sentia a necessidade de interpretar personagens depressivos. “Se eu não permitir as pessoas a, de certa forma, se identificarem com o pior deles mesmos, elas nunca terão a chance de liberar aquela pessoa dentro do coração ou mente delas”, ele disse, no último tópico. “Eles são muito fáceis de exonerar. Talvez isso não seja algo a se admitir a um amigo, mas se você é honesto, provavelmente o faz.”
Philip Seymour Hoffman 1967-2014.
Hoffman morreu no dia 2° de fevereiro de 2014 graças a uma mistura de drogas, incluindo heroína, cocaína, benzodiazepina e anfetamina. A reportagem póstuma publicada na Rolling Stone revelou que a morte de Hoffman não foi resultado...
de um espiral descendente. Além disso, os amigos do ator não sentiram que ele poderia se suicidar, ou ainda, a morte dele foi o resultado de uma recaída que acabou mal.
A trajetória de Philip Seymour Hoffman em dez filmes.
“As pessoas sempre dizem ‘a vida é curta’, e conforme ficamos velhos, o tempo anda mais rápido ainda”, disse Hoffman durante a entrevista. “É demorado em relação àquele pensamento de que o passado não está de acordo com você porque você não pode se livrar dele, então ele começa a se arrastar… O passado flui depressa. E essa é uma dificuldade em relação a como manter e não deixar isso ruir”.
Fonte:Rolling Stone Brasil

