Isabelle Huppert mata, dança e se diverte no suspense ‘Preocupação’: ‘Papel mais insano da curso’ | Cinema
Isabelle Huppert já fez mais de 120 filmes, ganhou Cannes e Orbe de Ouro, e foi indicada ao Oscar em 2017, mas escolhe papéis sem pensar em premiações.
Em seguida a indicação, aceitou o invitação para viver uma viúva graciosa que se converte em psicopata cínica em “Preocupação”. O suspense com faceta de filme B é dirigido por Neil Jordan, de “Traídos pelo Libido” e “Entrevista com o Vampiro”.
Greta, a personagem de Huppert que dá nome à versão original do filme, tem momentos únicos: ela saltita com uma arma nas mãos, dança sapateado enquanto orquestra vilanias e costura um ferimento nos dedos com a perdão de quem borda à espera de um fruto.
“É o papel mais insano da minha curso. Ele navega entre horror e comédia às vezes, é a mesma atmosfera dos filmes de Daniel Argento [‘Suspiria’], muito interessante”, conta a atriz francesa em entrevista ao G1.
Trailer de ‘Preocupação’
Acostumada a papéis com trabalho psicológico intenso, porquê a executiva estuprada que procura vingança em “Elle”, ela conta que se divertiu com uma personagem “puramente psicopata”. Por isso, depois matar uma de suas vítimas no filme, simplesmente dançou.
“Eu não me preparo para os personagens porque acho que nunca se faz zero antes. Unicamente vivo o momento”, diz.
Com o mesmo sotaque francesismo simpático, ela é direta, e às vezes seca, nas respostas. A renome entre os entrevistadores ao volta do mundo é de ser uma pessoa difícil.
No filme, Greta é uma mulher sozinha. Perdeu marido, perdeu filha. E por diversas vezes evoca a tristeza da solidão para pedir piedade de sua vítima. Desta vez, a vítima é a garçonete Frances, interpretada por Chloe Grace Moretz, ainda sofrendo a perda da mãe.
Huppert garante que não é um filme sociológico. “A solidão é o prelúdios de uma explicação para a monstruosidade dela. Mas ela é louca, totalmente dissemelhante de tudo eu já vivi na vida”, explica.
Greta é um filme majoritariamente feminino: uma vilã, uma vítima, uma heroína e homens relativamente inúteis no processo. Huppert não responde se acha que papéis femininos estão mais aprofundados hoje, mas diz que se sente “sortuda” por ter interpretado personagens interessantes ao longo da curso.
Em 2018, ela se posicionou em prol do movimento #MeToo, de atrizes em procura de paridade na indústria cinematográfica.
Além da longa curso no cinema, também se dedica ao teatro. Unicamente em 2019, tem quatro filmes estreando e ainda estrela um peça em Paris. “Não me considero workaholic, unicamente faço o que paladar”. Quando digo que a sentimento, para quem é de fora da França, é que faz muitos filmes, ela ri comedida. “É o mesmo no meu país.”
‘Tem que lutar para fazer filmes interessantes na França’
‘Elle’ é estrelado por Isabelle Huppert — Foto: Divulgação
A atriz já veio ao Brasil vulgarizar o Festival Varilux de Cinema Gálico. Digo a ela que o festival está novamente em edital no país, até 19 de junho. E ela lamenta a produção da cinematográfica atual na França.
“Está ficando cada vez mais difícil, você sempre tem que lutar para fazer filmes interessantes acontecerem, essa é a pensamento geral por lá. Tem um evidente tipo de filme, comédia, que vai melhor.. Um material com mais sede e é mais difícil de ser feito”, conta.
De Porto Satisfeito a Kleber Mendonça Fruto
A atriz se apresentou no Brasil em 2003 com a peça “4.48 Psychose”, em São Paulo; e em 2009, com a montagem de “Quartett” em Porto Satisfeito. Ela lembra com carinho até hoje. “O teatro de Porto Satisfeito é um dos mais bonitos que já vi, foi tudo maravilhoso”, diz.
Mas do que gosta mesmo do país é o cinema de Kleber Mendonça Fruto. “Eu paladar muito do seu estilo. Aquele filme com a Sônia Braga [‘Aquarius’] é óptimo. Ele estava em Cannes, mas eu não tive a oportunidade de ver seu novo filme [‘Bacurau’], estou muito ansiosa para a estreia em Paris.”
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