Conheça os residentes do Ame Club


* Com a colaboração de Alan Medeiros

No cenário eletrônico, artistas que trazem uma bagagem de referências musicais plural, e que buscam fazer arte em vez de se contentar unicamente com sons funcionais para as pistas, costumam ir além e se primar em meio à tamanho. É o caso da italiana Giorgia Angiuli, que nos últimos anos explodiu no underground internacional.

Além de uma formação músico rica e de ter testado diversas vertentes uma vez que artista, a multi-instrumentista e cantora se destaca por um estilo muito privado: no cenário do techno, em que a norma é vestir preto e ser blasé, Giorgia usa roupas infantis e transforma brinquedos e chaveirinhos do Pikachu em controladores de som. Misture tudo isso com um talento grande pra imaginar, tocar e transmitir uma profundidade artística rara, e você consegue entender um pouquinho por que a pequena faz tanto sucesso.

Neste final de semana, Angiuli estreia sua turnê sul-americana no Caos, em Campinas, onde toca nesta sexta, 09, e no dia seguinte já secção para Porto Satisfeito, onde toca na Warung Tour/Levels. Dali, na véspera do feriado volta a São Paulo, desta vez na capital, em mais uma data da turnê do Warung: dia 14, no Aeroporto Campo de Marte. Saindo do Brasil, encerra a turnê no Sónar Bogotá (17) e no clube The Atlantic Room, em San Juan, Porto Rico.

“Nothing to Lose” é um dos singles já conhecidos de In a Pink Bubble

No dia 23, lançará In a Pink Bubble, seu primeiro álbum solo, que segundo a própria, mistura indie eletrônico e techno melódico. Com 12 faixas, o LP é encarado uma vez que um dos lançamentos mais especiais do reputado selo boche Stil Vor Talent — e podem apostar que estará em boa secção das listas de melhores do ano.

Com tanta coisa importante rolando ao mesmo tempo, não poderíamos deixar passar a oportunidade de trocar uma palavrinha com ela. No papo que você lê aquém, conhecemos mais sobre sua trajetória, relação com a música brasileira, descobrimos por que ela adota esse visual “kawaii”, que contrasta com o techno, e que por trás de toda essa aura fofa, seu primeiro álbum é marcado por uma história sombria.

Live incrível gravado em Ibiza, pela Cercle

Giorgia, posteriormente duas passagens muito interessantes pelo Brasil, com qual sentimento você chega para essa novidade tour?

Vocês não imaginam o quanto estou feliz por estar de volta! Senhoril esse país, pois você pode respirar virilidade positiva em qualquer lugar. Senhoril as pessoas, a comida e a sua natureza!

Uma vez que enxerga o Brasil e o cenário cultural/eletrônico brasílio?

Acho que os brasileiros têm música no sangue, tenho muito saudação pela sua cultura. Ontem à noite aproveitei um show de samba. Também paladar de bossa novidade, no sege dos meus pais havia unicamente CDs do Caetano Veloso. Adoro a sua intensidade e o seu charme.

Um dos principais instrumentos da música brasileira é o violão, e eu estudei violão, portanto é um som que também faz secção de mim. Sobre eletrônica, minha produtora preferida no momento é daqui, a ANNA. Adoro o seu techno poderoso e elegante, as produções dela são brilhantes.

“Senhoril brinquedos e roupas fofas. Com uma roupa preta e um equipamento simples as coisas poderiam ser mais fáceis, mas não quero mudar pelas regras do mercado.”

Ao Alataj, você falou há um ano que a cena eletrônica na Itália era complicada, com um mercado restringido e muitas restrições aos clubs. Isso continua assim? Você tem feito sua curso mais fora de seu país do que na sua terreno natal?

Senhoril a Itália e acho que é um país pleno de grandes artistas, mas, infelizmente, o governo não apoia a cena clubber. Na Itália, os clubes devem fechar no supremo às 04h da manhã. Não há muitos festivais, mas espero muito que as coisas mudem em um horizonte próximo. Neste momento, estou tocando fora do meu país, porque senhoril viajar e tenho curiosidade em saber novas culturas.

Você tem uma trajetória muito interessante no meio músico. Conta melhor pra gente uma vez que foi a construção da sua curso.

É difícil para mim falar sobre música e curso e manter as coisas separadas. Sempre vivi com e pela música, portanto pra mim fazer música é proveniente e é uma premência para que eu me sinta muito.

Estudei música clássica, toquei rock e new metal, depois indie eletrônico, e comecei a trabalhar na cena techno há poucos anos. Tento ser sempre eu mesma e tudo aconteceu de uma forma proveniente. Isso é o que paladar na minha jornada, e ainda por cima, trabalho com uma equipe de amigos — meu booker e meu manager são, supra de tudo, meus amigos.

Assinei meu primeiro álbum no selo da Ellen Allien, Bpitch Control, com meu projeto anterior, We Love, e comecei meu projeto solo há cinco anos. Agora, vou lançar meu primeiro álbum pela Stil Vor Talent.

“O que eu realmente paladar da dance music é a reação do público — você consegue sentir imediatamente o que eles estão achando do seu som. É sobre reações instintivas e sentimentos, portanto se eles dançam, significa que estão gostando.”

E quais foram os principais desafios que você enfrentou ao estrear a trabalhar com música eletrônica? Por vir de um universo dissemelhante do usual, você não se sente um peixe fora d’chuva nesse cenário clubber?

Sim, às vezes me sinto um pouco uma vez que um peixe fora d’chuva, mas isso também é recreativo. Não sei onde vou estar em cinco anos, talvez tocando com uma margem novamente. Senhoril música em todas as suas formas, e no momento estou unicamente nadando em um novo oceano.

Na verdade, quando eu estudava, tinha muito preconceito com dance music. Achava que era um pouco vulgar e muito fácil de se fazer. Mas eu estava completamente errada, toda música tem suas próprias dificuldades. O que eu realmente paladar da dance music é a reação do público — você consegue sentir imediatamente o que eles estão achando do seu som. É sobre reações instintivas e sentimentos, portanto se eles dançam, significa que estão gostando.

Uma vez que foi que você decidiu usar brinquedos uma vez que controladores de som em seus lives? Foi uma selecção que você encontrou para contrastar com o techno, que normalmente carrega essa aura de um som sério, rígido?

Coleciono brinquedos há muitos anos. Sei que muitas vezes as pessoas olham para o meu setup de uma forma estranha, mas eu não me importo. É quem eu sou: senhoril cores, adoro brinquedos, roupas fofas, essa vaga “kawaii”… Até me sinto um pouco uma vez que uma pequena japonesa. Sei que com uma roupa preta e um equipamento simples as coisas poderiam ser mais fáceis, mas não quero mudar pelas regras do mercado.

“A música me salvou de um estado de depressão.”

Você também tem falado sobre sinestesia em algumas de suas entrevistas. Você acha provável que, qualquer dia, seus shows possam apresentar uma experiência multissensorial? Uma vez que se daria essa relação de misturar música com cheiros em seus lives?

Quando comecei a tocar música eletrônica, eu costumava tocar em lugares muito pequenos, portanto eu sempre levava uma pequena máquina de fragrâncias. Tenho muitos sonhos, e um deles é edificar um órgão e vincular uma fragrância a cada nota. Considero todas as linguagens artísticas conectadas entre si, e a arte tem o potente poder de nos conduzir a outra dimensão. É por pretexto disso que acho que todos deveríamos tentar explorar e aproveitar essa experiência o supremo que pudermos.

O que você pode nos descrever sobre o processo criativo do seu primeiro álbum solo, que logo, logo está chegando?

Tudo aconteceu muito rápido e sem um projecto próprio. Eu produzi o álbum inteiro em oito meses, trabalhando muito enquanto viajava, até mesmo nos voos. Não foi muito fácil encontrar tempo para me concentrar no estúdio. Senti uma potente premência de imaginar música, transmitir nos sons as minhas emoções, e decidi colocar todas essas músicas em um long play.

Nascente tem sido um ano muito peculiar para mim: minhas primeiras gigs pelo mundo, a invenção de muitos países e a perda do grande paixão da minha vida, minha mãe. A música me salvou de um estado de depressão. Percebi esse álbum uma vez que um presente para minha mãe, e eu agradeci a música por me fazer me sentir melhor, me dar energias para continuar.

Acompanhada por todas essas emoções, senti uma vez que se estivesse em uma bolha rosa [“pink bubble”, o título do álbum]. Compus quase todas as faixas no avião, coletando minhas ideias no Ableton, e depois gravei tudo no estúdio, no tempo que sobrava entre minhas turnês. Gravei minha guitarra, minha voz e meus synths preferidos: Moog Sub, Juno 106, OB-6 e Korg MS2000.

* Flávio Lerner é editor da Phouse.





Natividade Notícia -> :Fonte Notícia