Carta de executivo a fã revela por qual razão disco de estreia do The Clash foi rejeitado nos EUA

S autointitulado álbum de 1977 do The Clash é considerado uma das maiores estreias de uma filarmónica em todos os tempos. No mercado dos Estados Unidos, porém, o disco não chegou até 1979. Quase quatro dez depois, uma epístola explica exatamente o motivo.

A Fúria e a Força do Clash: Como a raiva que alimentou a única filarmónica que fazia a diferença também a destruiu

“Eu, pessoalmente, sou um ávido fã do Clash”, escreveu em 1977 o diretor da Epic Records Bruce Harris ao aficionado por punk Paul Dougherty. “Minha responsabilidade não é, porém, lançar discos de que eu goste e sim discos que eu sinta que vão trazer lucro para a empresa”.

A Fúria e a Força do Clash.

A incrível epístola é datada de 29 de novembro de 1977, exclusivamente um mês depois de o Sex Pistols ter lançado Never Mind the Bollocks, Here’s the Sex Pistols, um álbum que Harris argumentou ser sonoramente muito superior ao do The Clash.

“S álbum do Sex Pistols, por sinal, é produzido da forma devida e, porquê resultado, soa muito possante e conquista a força da filarmónica. Acredito que o Clash possa fazer discos melhores do que esse primeiro e esses são os discos que nós deveríamos trazer para o mercado dos Estados Unidos”.

A Epic pode ter se recusado a inicialmente lançar The Clash nos Estados Unidos em 1977, mas cópias importadas da Inglaterra foram levadas ao país, somando mais de 100 milénio unidades vendidas. A filarmónica ainda lançaria nos anos seguintes Give ‘Em Enough Rope, de 1978, e London Calling, de 1979.

Fonte:Rolling Stone Brasil