Clima de resistência marca a fenda do Festival do Rio | Rio de Janeiro

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Por muito pouco, o evento quase não foi realizado – resultado direto da perda dos três principais patrocinadores da mostra: Petrobras, BNDES e Prefeitura do Rio.

O festival só foi aconteceu graças a uma campanha de arrecadação coletiva feita na internet – pouco mais de R$ 620 milénio foram arrecadados – e ao espeque de empresas privadas.

“O cinema brasílio nunca esteve tão possante. Ao mesmo tempo, nunca estivemos tão ameaçados, em tempos tão obscuros. Oriente é um momento de resistência”, descreveu a atriz Mariana Ximenes, apresentadora da cerimônia.

Uma vez que forma de protesto, ela usou um vestido feito com cartazes de clássicos do cinema vernáculo, porquê “Macunaíma”, de Joaquim Pedro de Andrade, e “O pagador de promessas”, de Anselmo Duarte. No mês pretérito, a Ancine (Escritório Vernáculo do Cinema) retirou a divulgação de filmes nacionais de sua sede e seu site.

Desta segunda até o próximo dia 19, o festival vai apresentar quase 100 filmes internacionais e 73 produções brasileiras em 15 cinemas do Rio e Niterói.

“Foi, ao mesmo tempo, muito difícil e muito dissemelhante porque, mais que nunca, precisamos receber, precisamos de ajuda e precisamos ser procurados. E foi emocionante ver todo o espeque que recebemos. Só de apoiadores na campanha de internet, foram mais de duas milénio pessoas”, afirmou Ilda Santiago, uma das diretoras do festival.

“O cinema brasílio é muito rico. Tão rico quanto o próprio povo deste País. Estávamos preocupados com a possibilidade de não realização do festival, mas muitas pessoas se mobilizaram para ajudar e a situação se reverteu. Fico muito feliz”, garantiu o ator Chico Diaz.

A noite chegou ao termo com a exibição de “Adoráveis mulheres”, longa da diretora Greta Gerwig.