‘Elis & Tom’, disco de geração tensa, motiva músico de teatro com as histórias e canções do álbum de 1974 | Blog do Mauro Ferreira
Ao ser lançado em 1974, o álbum Elis & Tom colheu elogios superlativos. Exaltações até evidente ponto naturais e previsíveis, já que tratava-se do disco que reuniu Elis Regina (17 de março de 1945 – 19 de janeiro de 1982) – uma das maiores cantoras do Brasil e do mundo – com Antonio Carlos Jobim (25 de janeiro de 1927 – 8 de dezembro de 1994), um dos maiores compositores do Brasil e do mundo.
Porém, foram tensas as gravações realizadas no MGM Studios em Los Angeles (EUA), nos Estados Unidos, de 22 de fevereiro a 9 de março daquele ano de 1974.
Tudo ficou muito quando acabou muito, mas o indumentária é que Elis e Tom nem sempre se afinaram no processo de geração do disco, sobretudo por conta de Jobim, intrigado com o uso de instrumentos elétricos por César Camargo Mariano.
Pianista e, na era, marido de Elis, Mariano foi nome fundamental na formatação do álbum produzido por Aloysio de Oliveira (1914 – 1995). Ao pianista foi confiada a missão de fazer os arranjos do disco, com exceção da tira Modinha (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1958), arranjada por Tom.
Decorridos 45 anos do lançamento original do álbum, relançado em CD pela primeira vez em 1990, todos os dramas, humores e músicas saem dos bastidores para o palco. O álbum Elis & Tom é o mote do texto de músico de teatro programado para estrear na cidade do Rio de Janeiro (RJ) em meados deste ano de 2019 com Lilian Menezes e Claudio Lins nas peles de Elis Regina e Tom Jobim.
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Encarte do...
álbum ‘Elis & Tom’, lançado por Elis Regina e Antonio Carlos Jobim em 1974 — Foto: Reprodução / Instituto Antonio Carlos Jobim
Elis & Tom é o primeiro disco brasílico a gerar um músico de teatro, gênero que tende a explorar perfis biográficos de ídolos da música brasileira. A primazia tem tudo a ver com um álbum histórico desde que foi gravado.
Não, Elis & Tom não é o melhor disco de Elis (o álbum Elis de 1972 e o Falso luzidio de 1976 são mais impactantes e ainda soam mais fortes dentro do conjunto da obra da cantora gaúcha), mas é um disco de valor atemporal pelo repertório imperecível e pela bossa dos arranjos.
Somente o dueto de Elis com Tom no samba Águas de março (Antonio Carlos Jobim, 1972) – música que tanto Tom quanto Elis já haviam gravado em 1972, ano de lançamento da elaboração – já basta para pôs Elis & Tom em qualquer crestomatia fonográfica da música brasileira.
De todo modo, Elis & Tom é o disco de Elis que mais oferece tecido para manga, ou seja, história para livro, documentário e, no caso, músico de teatro.
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— Foto: Editoria de Arte / G1
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