Compositor Acyr Marques, parceiro do irmão Arlindo Cruz e de outros bambas, morre no Rio aos 65 anos | Blog do Mauro Ferreira


Acyr Marques da Cruz (25 de setembro de 1953 – 20 de abril de 2019) – compositor morto ontem, aos 65 anos, na cidade natal do Rio de Janeiro (RJ), vítima de infarto – encarnou o típico sambista que coleciona sucessos nas rodas e, mesmo assim, passeia anônimo pela povaléu que nunca liga a música à pessoa pelo compositor não ter seguido a curso de cantor.

Acyr Marques – uma vez que era espargido no meio artístico– foi irmão do bamba Arlindo Cruz, de quem foi parceiro em hits dos pagodes cariocas uma vez que Parelha sem vergonha, samba lançado em 1986 no primeiro álbum de Zeca Pagodinho.

Mas é injusto associar o legado de Acyr somente às parcerias com Arlindo (e elas foram muitas). Insensato direcção, samba lançado em 1985 por Almir Guineto (1946 – 2017), é de Acyr com Chiquinho e Maurício Lins.

Coisa de pele, samba que se tornou hino informal dos pagodes da dezena de 1980 ao ser lançado em 1986 na voz referencial de Beth Roble, é constituição de Acyr com Jorge Aragão.

Ainda de 1986 é o partido superior Dor de paixão, formado por Acyr com Arlindo e com Zeca Pagodinho, também tendo sido lançado em disco na voz recorrente de Beth Roble.

Com obra perpetuada nas vozes de Alcione, o próprio Arlindo Cruz, Jovelina Pérola Negra (1944 – 1998), Leci Brandão, Mart’nália e Zeca Pagodinho, além da sempre antenada Beth Roble, Acyr Marques deixa muro de 140 sambas gravados em disco.

É uma obra que continuará sendo cantada nas rodas de samba sem que o povo associe a música ao compositor. Sai de cena o compositor, mas a obra fica.

 — Foto: Editoria de Arte / G1  — Foto: Editoria de Arte / G1

— Foto: Editoria de Arte / G1



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